Impacto da alimentação na vida sexual masculina

Por Alice Amaral

24/03/2021 às 19h06 - Atualizada 24/03/2021 às 19h11

A disfunção sexual masculina é mais comum do que se imagina. Ela afeta milhares de homens em todo o mundo (cerca de 50% dos homens acima dos 40 anos). É importante destacar que a doença pode acometer pacientes em qualquer idade. No Brasil, calcula-se que mais de 25 milhões de homens acima dos 18 anos tenham algum grau de impotência.

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A disfunção erétil é uma dificuldade em obter ou manter a ereção, permitindo a penetração e uma relação sexual satisfatória.

Sabemos que a vida sexual satisfatória é importante para a parceira (e/ou parceiro) e quando comprometida pode afetar a qualidade de vida do homem e do seu relacionamento afetivo.

À medida que a pessoa envelhece esse quadro tende-se a agravar. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de pessoas com mais de 60 anos vai dobrar nos próximos anos e o envelhecimento leva à redução da produção de alguns hormônios, entre eles, a testosterona – que está diretamente ligada com a função sexual masculina.

Causas

Além das hormonais, como a diminuição da testosterona, temos as alterações neurológicas (lesão de medula, Parkinson, Alzheimer) alterações vasculares. (obstrução dos vasos sanguíneos, dificultando o fluxo de sangue adequado para o pênis como no caso de pessoas que têm pressão alta, ou arteriosclerose), doenças cardíacas e diabetes.

Em alguns casos, a disfunção erétil é o primeiro sinal da doença. O uso de alguns medicamentos para combater a pressão alta, pode acarretar essa disfunção sexual.

Pacientes obesos, com IMC acima de 28,7%, têm 30% mais chance de ter uma disfunção sexual. Outros fatores, como alcoolismo, fumo, sedentarismo, uso de drogas, distúrbios psicológicos, stress, depressão e problemas no relacionamento também podem desencadear a doença.

Como cuidar?

É preciso fazer uma prevenção: atividade física, ter uma boa noite de sono, fazer psicoterapia (se for o caso), controle do peso corporal e cuidar da alimentação. Isso é básico. Você é o que você come.

Também é fundamental cortar os açúcares, bebidas alcoólicas (principalmente a cerveja), alimentos processados, frituras, refrigerantes e usar alimentos que vão aumentar o hormônio do crescimento e a testosterona, como:

– espinafre, tomate, manga (ricos em vitaminas A);

– ovo, sardinha, além de tomar sol (ricos em vitamina D);

– ostras, castanhas e semente de girassol (ricos em Zinco);

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– arginina (ela ajuda na produção do óxido nítrico, que é muito importante na dilatação dos vasos sanguíneos): castanha de caju, semente de tomate, coco.

– castanhas do Brasil, nozes, amêndoas (ricos em Selênio);

– amendoim e aspargos (ricos em vitamina B3, que melhora a vascularização sanguínea).

– alimentos afrodisíacos, como pimenta, canela, açafrão, gengibre, amendoim, abacate, morango, cereja, amora, cravo, noz-moscada, mostarda e chocolate amargo.

Para aqueles que desejam fazer o uso de bebidas alcoólicas, a sugestão é lançar mão do vinho tinto seco, que possui ação vasodilatadora, melhorando a ereção.

Alice Amaral

Alice Amaral

Médica - Título de Especialista em Nutrologia – RQE 9884 - Título de Especialista em Medicina do Esporte – RQE 9895 - Título de Medicina Física e Reabilitação - RQE 44090

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