Halitose

Por Alice Amaral

23/11/2021 às 09h20 - Atualizada 24/11/2021 às 17h35

A palavra halitose se origina do latim. “Halitu” significa ar expirado e “osi” alteração. Portanto, a halitose é uma alteração do hálito causando liberação de odor fétido pela boca ou pela respiração. Geralmente a pessoa não consegue perceber o problema, pois ocorre uma falência olfatória e ela se acostuma com o odor.

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Aproximadamente 40% da população sofre ou sofrerá de halitose. Ela é sinal de alguma disfunção orgânica ou fisiológica, que causa consequências sociais e psicológicas. A halitose pode gerar ansiedade, depressão, diminuição da autoestima, interferir nos relacionamentos amorosos e levar até a um isolamento social.

Causas

A halitose geralmente está associada à existência de cáries e a má higiene bucal, como os restos de comida que se acumulam entre os dentes, principalmente em pessoas que têm pontes dentárias ou dentaduras;

Outro fator é a limpeza inadequada da língua. Precisamos lembrar que a língua é o tapete da boca e também precisa ser escovada;

A gengivite é uma inflamação da gengiva, que pode dar vermelhidão, inchaço e sangramento. Geralmente é causada por placas bacterianas;

Xerostomia, também chamada de boca seca, é quando ocorre uma diminuição da produção de saliva pelas glândulas salivares;
Além disso, ela pode estar ligada a algumas doenças sistêmica, como diabetes (que causa um hálito cetônico e seu odor é semelhante ao de uma maçã velha), patologia renal (causando um hálito urêmico, ou seja, hálito com cheiro característico de urina,), insuficiência hepática (com um odor adocicado e bolorento), doença do refluxo gastroesofágico, úlcera duodenal, alguns tipos de câncer, sinusite, amigdalite, infecções pulmonares, febre, alterações hormonais, desidratação, estresse, uso de medicamentos (alguns remédios para tratar o câncer, antineoplásicos, tranquilizantes, anti-histamínicos, diuréticos), fumo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, além de alguns alimentos como a cebola crua, alho, pimenta, laticínios, alimentos ricos em enxofre, como repolho e couve flor, jejum prolongado e uma dieta inadequada.

Prevenção

Escovar os dentes e a língua, três vezes ao dia;

Usar fio dental e ir ao dentista regularmente;

Beber água. O ideal é beber um litro para cada 20 quilos de peso corporal. Manter o corpo hidratado é sempre a melhor opção.

Lembrando que o nosso corpo é, pelo menos, 70% de água – o alimento mais importante que existe;

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Mastigar bem os alimentos, evitar frituras, comidas gordurosas, fazer uma alimentação saudável e rica em fibras;

Lançar mão de cereais integrais, cenoura crua, pepino, maçã com casca, limão, hortelã e gengibre.

 

Alice Amaral

Alice Amaral

Médica - Título de Especialista em Nutrologia – RQE 9884 - Título de Especialista em Medicina do Esporte – RQE 9895 - Título de Medicina Física e Reabilitação - RQE 44090

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