Estudo mostra a importância da alimentação no tratamento da Esclerose Múltipla

Por Alice Amaral

20/02/2018 às 13h45 - Atualizada 20/02/2018 às 13h45

Doença neurológica crônica, autoimune, isto é, o nosso sistema de defesa (sistema autoimune) ataca o próprio organismo. A primeira descrição da doença foi elaborada por Jean-Martin Charcot, neurologista e professor, em 1868.

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No caso da EM o alvo é a Bainha de Mielina, camada protetora que envolve os nervos, causando inflamação levando à desmielinização, que pode afetar qualquer região do Sistema Nervoso Central provocando dano aos neurônios e atrofia cerebral.    .

 

Mais comum em mulheres brancas de 20 a 40 anos, mas crianças, jovens e também homens podem ser acometidos.

 

Os principais sintomas são: fadiga intensa, diminuição da força e fraqueza muscular, diminuição da sensibilidade, formigamento, desequilíbrio (ataxia), dificuldade para andar, visão embaçada ou dupla, alteração da memória, disfunção erétil nos homens, depressão, descontrole de esfíncteres (bexiga e intestino), tremores, vertigens, náuseas, fala arrastada, dificuldade deglutição.

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O diagnóstico é feito pelo exame clínico, Ressonância Magnética e exame do líquor.

 

Os fatores que predispõe são: genética, baixa exposição ao sol (Vitamina D), tabagismo, saúde bucal (cáries, periodontites), infecções bacterianas ou viróticas, obesidade e alimentação.  .

 

A medicina ainda não obteve uma cura definitiva para a esclerose múltipla, mas, vários estudos estão sendo feitos em diferentes locais de pesquisa e progressos são esperados para os próximos anos. A expectativa de vida para os portadores da doença é reduzida em comparação com o restante da população; devemos contribuir com o bem estar dos portadores de esclerose múltipla.

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Recente estudo realizado na Faculdade de Medicina John Hopkins, EUA, publicado no periódico Neurology, mostrou que estilo de vida saudável associado à dieta rica em frutas, legumes, verduras e grãos integrais melhora os sintomas e a qualidade de vida dos portadores de EM.

 

Os pacientes apresentaram diminuição da fadiga, das dores, da depressão e do comprometimento cognitivo (melhora da fluência verbal, da atenção, da memória, da velocidade de raciocínio e habilidade de planejamento).

 

Como o próprio nome diz: lesões múltiplas, que deixam cicatrizes dentro do cérebro e da medula. O diagnóstico e tratamento precoce previnem sequelas!

Alice Amaral

Alice Amaral

Médica - Título de Especialista em Nutrologia – RQE 9884 - Título de Especialista em Medicina do Esporte – RQE 9895 - Título de Medicina Física e Reabilitação - RQE 44090

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