Tem refluxo? Saiba como amenizar os sintomas

Por Alice Amaral

18/04/2018 às 09h13 - Atualizada 18/04/2018 às 09h13

A Doença do Refluxo Gastresofágico (DRGE), também conhecida apenas como refluxo, não se trata de uma ocorrência rara hoje em dia. Por uma série de motivos, o número de casos tem aumentado.

 

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Na junção do esôfago com o estômago existe um feixe de músculos que funciona como uma válvula (esfíncter esofágico inferior). Ele se abre para permitir a entrada de alimentos no estômago e se fecha para evitar o retorno.  Quando há um comprometimento (relaxamento do esfíncter), ocorre o retorno dos alimentos, juntamente com a secreção ácida do estômago para o esôfago e em direção à boca, o que causa inflamação, podendo evoluir para esofagite.

 

Os sintomas mais comuns da doença são: queimação, dor no peito, gosto amargo na boca, arrotos, boca seca, náuseas, regurgitação de ácido ou alimentos, tosse, rouquidão, laringite, halitose, soluços, erosão dentária e plenitude pós-prandial (sensação de peso). A pessoa ainda pode acordar à noite com sensação de sufocamento.

 

As causas da doença são o sobrepeso/obesidade, gravidez, hérnia de hiato, tabagismo e medicamentos (relaxante muscular, entre outros). É preciso também considerar que os hábitos atuais como sedentarismo, se alimentar de forma rápida, consumir quantidade grande de alimentos por refeição, alto consumo de cafeína, ingestão de grande quantidade de alimentos perto do momento de repouso noturno são fatores que podem desencadear o refluxo.

 

O diagnóstico é feito por exame clínico, levando em conta o histórico do paciente, relatos e queixas, e outros aspectos relevantes observados pelo médico. Ainda podem ser requisitados exames como endoscopia digestiva alta (sempre acompanhado de exame histopatológico), Phmetria e manometria de esôfago.

 

O tratamento depende da gravidade de cada caso, podendo envolver mudança de hábitos, dieta, medicamentos, e se for o caso, outros procedimentos mediante análise e acompanhamento pelo médico.

 

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Algumas dicas podem auxiliar no tratamento como: aumentar a altura da cabeceira da cama (cerca de 12 cm); evitar roupas e cintos apertados, refeições volumosas; não deitar logo após as refeições; mastigar bem os alimentos; eliminar o consumo de refrigerantes e bebidas gaseificadas; abandonar o cigarro; reduzir ou evitar o consumo de chocolates, café e álcool; não consumir alimentos fritos em geral e também molhos industriais; fracionar a alimentação durante o dia em porções menores; controlar o peso e procurar uma rotina equilibrada, que contemple exercícios físicos e tempo necessário para descanso do organismo.

 

Negligenciar ou postergar o tratamento vai acarretar em um agravamento da situação, e em alguns casos, potencialmente, pode haver um aumento de complicações e inclusive aumentar a propensão ao câncer de esôfago. Portanto, essencial é cuidar-se sempre e procurar ajuda especializada.

Alice Amaral

Alice Amaral

Médica - Título de Especialista em Nutrologia – RQE 9884 - Título de Especialista em Medicina do Esporte – RQE 9895 - Título de Medicina Física e Reabilitação - RQE 44090

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