Gordura no fígado tem solução?

Por Alice Amaral

11/04/2018 às 16h53 - Atualizada 11/04/2018 às 16h53

A esteatose hepática – também conhecida como gordura no fígado – é o problema que afeta um dos órgãos essenciais para o pleno funcionamento de todo organismo, que é o fígado. É preciso ter cuidado com a alimentação para evitar o desenvolvimento de patologias no órgão, além de manter um bom estado de saúde do corpo. A doença atinge pessoas de todas as idades, principalmente mulheres.

 

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O fato da pessoa ser magra, não quer dizer necessariamente que está livre do problema. Contudo, análises apontam que cerca de 70% dos casos são diagnosticados em pessoas obesas. E, um ponto que deve ser observado com atenção é a circunferência abdominal, que deve estar abaixo de 88 cm nas mulheres e 102 cm nos homens.

 

É uma doença que geralmente apresenta evolução lenta e gradual. Podemos dizer que existem vários fatores de risco ou causas, como: diabetes mellitus; hipertensão arterial; dislipidemia (aumento do colesterol e/ou triglicérides); obesidade e sobrepeso; sedentarismo; esteroides anabolizantes; toxinas ambientais; e ainda considerar que algumas doenças potencialmente estão associadas como hepatite crônica pelo vírus C e hipogonadismo.

 

A esteatose hepática é uma das doenças que apresentam crescimento em nível mundial, devido sua relação com o estilo de vida atual, em que o sedentarismo e os hábitos alimentares irregulares estão se tornando mais frequentes.

 

Nos casos mais brandos, a maioria dos pacientes não apresentam sintomas ou sinais, podendo dizer que se trata de uma “doença silenciosa”. Já nos casos mais graves, os sintomas são de inchaço abdominal, cansaço, fraqueza, náuseas, vômitos, pele e olhos amarelos (icterícia), queda de pelos e cabelos, e confusão mental.

 

O diagnóstico é composto por exame físico, ultrassonografia abdominal, ressonância magnética e biopsia. Hoje em dia é possível utilizar a elastografia hepática transitória, a EHT. É necessário também determinar em qual fase da doença o paciente se encontra: leve, moderada ou grave.

 

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O tratamento deve ser feito por um médico especialista e inclui ainda a redução do consumo de álcool, o abandono do hábito de fumar, a prática de exercícios físicos regulares, e o controle da obesidade e diabetes. Uma dieta mais saudável também deverá ser adotada, livre de agrotóxicos e de produtos ultraprocessados.

 

Tanto as atividades físicas, quanto a dieta e outras prescrições, devem respeitar as condições de cada paciente. É fundamental sempre lembrar: cada caso demanda um acompanhamento individualizado, que precisa da atuação de especialistas.

Alice Amaral

Alice Amaral

Médica - Título de Especialista em Nutrologia – RQE 9884 - Título de Especialista em Medicina do Esporte – RQE 9895 - Título de Medicina Física e Reabilitação - RQE 44090

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