Pessoas com deficiência de vitamina D podem ter sintomas mais graves da COVID-19
Um estudo feito pela Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, apontou que pessoas com deficiência de vitamina D podem manifestar sintomas mais graves do coronavírus. Diferente do que muitos pensam, a vitamina D não é uma vitamina, mas sim um hormônio estimulado pela exposição ao sol. Na antiguidade ela era utilizada como remédio. Naquela época não existia antibiótico, então as pessoas faziam uso da técnica chamada helioterapia, se expondo ao sol em clínicas chamadas Solarium para acelerar o tratamento de diversas doenças.
A vitamina D aumenta a produção de endorfina no organismo, dando sensação de bem-estar, ameniza a ansiedade, a depressão e o estresse. Na gravidez, a vitamina D previne o diabetes gestacional, o aumento da pressão arterial e ajuda a evitar o baixo peso do bebê ao nascer. Ela atua no combate de alguns tipos de câncer, principalmente o de mama e do intestino grosso. Além disso, esse hormônio exerce um papel muito importante no tratamento de doenças autoimunes, como o diabetes tipo 1, esclerose múltipla, lúpus, doença inflamatória do intestino e artrite reumatoide.
A deficiência da vitamina D está ligada ao aparecimento de raquitismo nas crianças e osteoporose nos adultos. Ela melhora a saúde cardiovascular, diminui o risco de pressão alta e infarto agudo no miocárdio. Aumenta a nossa agilidade e força muscular, atua nos radicais livres, evitando o envelhecimento precoce e várias doenças degenerativas. E o mais importante, a vitamina D é um importante modulador do nosso sistema imune, fortalecendo a nossa imunidade inata (presente desde o nosso nascimento) e impedindo respostas inflamatórias hiperativas.
Os pesquisadores encontraram uma correlação entre os níveis de vitamina D e a tempestade de citocinas – uma condição hiper inflamatória causada por um sistema imunológico hiperativo –, assim como a relação entre a falta de vitamina D e a letalidade do vírus. A tempestade de citocinas pode danificar gravemente os pulmões e levar à Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo e à morte. E essa parece ser a causa da maioria das mortes do novo coronavírus.
Além de melhorar o sistema imunológico inato, ela também previne que o nosso sistema imune se torne perigosamente hiperativo. De acordo com um estudo feito pela Universidade de Turin, na Itália, a vitamina D não impede que a pessoa contraia o vírus, mas pode reduzir as complicações da doença e prevenir a morte. A pesquisa mostrou que nos países com as maiores taxas de letalidade da doença os pacientes fatais tinham níveis mais baixos da vitamina se comparados com as vítimas de países que não foram tão afetados pelo vírus.
Para aumentar a vitamina D naturalmente, vá para o sol sem protetor solar e com grande parte do corpo exposto. Porém, devido à necessidade do momento, o ideal é fazer suplementação. É importante também ter uma boa noite de sono, praticar exercícios físicos e se alimentar bem. Esses hábitos, além de fortalecerem o sistema imunológico, proporcionam inúmeros benefícios para a saúde.