A importância do aleitamento materno

Por Alice Amaral

07/08/2022 às 09h37 - Atualizada 07/08/2022 às 09h38

O aleitamento materno é prático, limpo, não precisa de mamadeira, vem pronto para consumo, na temperatura ideal, é feito sob medida, adaptado à idade do bebê, ou seja, é um alimento completo de fácil digestão e diminui em 13% o número de mortes de crianças de até 5 anos,. Além disso, podemos considerar que é a primeira vacina do bebê, fazendo com que ele fique mais forte, mais nutrido e menos doente.

O leite materno contém todos os nutrientes que o bebê necessita, como proteína, açúcar (lactose), gorduras, vitaminas A e C, minerais e água. Importante destacar que além da criança, a mãe também é muito beneficiada com o aleitamento materno. Ele diminui o sangramento após o parto e, consequentemente, a anemia; a sucção do bebê também auxilia na contração uterina ajudando o útero a voltar no tamanho normal e diminuindo o abdome, além da incidência do câncer de mama, de útero e ovários; protege contra doenças cardiovasculares, osteoporose e ajuda até no emagrecimento.

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É sempre importante lembrar que a mãe passa anticorpos para o bebe, então fortalece o sistema imunológico, evita infecções respiratórias, gastrointestinais (diarreia), diminui a incidência de alergia, de asma, combate os gases, previne anemias, aumenta o desenvolvimento da cavidade bucal, ajuda no desenvolvimento da musculatura e ossos da face, contribui para a dentição harmoniosa e diminui a incidência de diabetes, hipertensão e obesidade na fase adulta. Além disso, diminui o risco de desenvolver TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade; protege contra os efeitos da poluição e ajuda no desenvolvimento do sistema nervoso.

Estudos apontam que as gorduras presentes no leite materno são muito importantes no desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso, por isso, vai impactar, também, em melhores resultados na escola e no desempenho na vida adulta.

O aleitamento materno, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), deve acontecer, exclusivamente, até os seis meses de idade, por conter tudo o que o bebê necessita. Após esse período, o bebê deve iniciar a alimentação paralelamente até dois anos de idade.

Muitas pacientes questionam se existe leite fraco, mas a resposta é não. O homem é um mamífero e o aleitamento materno é um processo natural e fisiológico. O leite materno é um alimento natural e completo para a criança, sem contar que a amamentação aumenta o vínculo entre a mãe e o bebê. Neste período a mãe deve ter mais atenção na alimentação. Se a alimentação não for adequada, a criança pode apresentar reações alérgicas, comprometimento do sistema imunológico e cognitivo, além de favorecer o aparecimento de gases, diarreia e doenças a longo prazo.

A dieta, durante este ciclo deve ser rica em cálcio, magnésio e proteínas. A mulher deve consumir, frutas, legumes, grãos, cereais integrais, azeite, peixes gordurosos como salmão; castanhas, sementes, água e evitar refrigerantes, produtos industrializados, bebidas alcoólicas, açúcar, frituras, embutidos e os alimentos que causam gases, como feijão, cebola, pimenta, repolho, batata doce e couve flor.

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Alice Amaral

Alice Amaral

Médica - Título de Especialista em Nutrologia – RQE 9884 - Título de Especialista em Medicina do Esporte – RQE 9895 - Título de Medicina Física e Reabilitação - RQE 44090

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