Comidas congeladas e fast–foods

Por Alice Amaral

05/07/2021 às 21h33 - Atualizada 07/07/2021 às 10h40

A comida caseira congelada pode ser uma maneira de facilitar o nosso dia a dia, por ser prática, econômica e oferecer a opção de um cardápio mais variado. Sem contar que se ela for congelada adequadamente, pode manter uma boa parte dos nutrientes.

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Já a comida industrializada congelada, além de possuir alto teor de sódio e gordura saturada – na maioria das vezes – é muito calórica, favorecendo o ganho de peso e o aumento da pressão arterial.

Os fast–foods = comida rápida, como sanduíches, pizzas, cachorro quente, batata frita, pastéis, milk-shake e refrigerante, são preparados e servidos em um curto intervalo de tempo, ou seja, são alimentos calóricos, ricos em gordura hidrogenada, sódio, açúcar e conservantes.

O aparecimento desse tipo de alimentação (sem nutrientes) está ligado ao crescimento mundial de obesos. Apesar de prática, essas comidas podem causar, além da obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

Má alimentação x doenças

Importante destacar que os maus hábitos alimentares estão associados a uma série de doenças crônicas e podem, potencialmente, ser um dos principais contribuintes para a mortalidade em todo o mundo.

O Instituto Karolinska, renomado centro de pesquisa em Estocolmo, na Suécia, realizou um estudo relacionando o consumo de fast-food com o aumento do risco de desenvolvimento com o mal de Alzheimer.

Outra pesquisa realizada pela Universidade de Washington e publicada na revista científica “The Lancet”” avaliou adultos acima de 25 anos de 195 países. O resultado mostrou que o consumo de alimentos com elevada taxa de sódio associado ao baixo consumo de frutas, legumes, verduras e grãos integrais, causou, em 2017, 11 milhões de mortes, o que representa 22% do total de mortes no mundo. Enquanto que o cigarro matou 8 milhões e a pressão alta, 10 milhões.

Um trabalho realizado na Nova Zelândia apontou que pessoas que fazem o uso desse tipo de comida, três vezes por semana, têm mais chance de desenvolver rinite, asma e enfisema. Essa alimentação desequilibrada também pode causar resistência insulínica, diabetes, hipertensão arterial, aumento do colesterol e triglicérides, esteatose hepática, entre outros.

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Aumento do consumo

Com a pandemia, ao contrário do que se esperava, houve um aumento do delivery de fast-food, porque é prático, rápido e barato. Só que é um barato que sai caro, pois os problemas gerados são enormes. Paralelo ao aumento do consumo, tivemos a diminuição da prática de exercício e o aumento do estresse, que só ajudou a piorar a situação e favorecer o ganho de peso.

Lembrando que obesidade é a condição que apresenta maior risco de letalidade por Covid-19. É preciso mudar!

Alice Amaral

Alice Amaral

Médica - Título de Especialista em Nutrologia – RQE 9884 - Título de Especialista em Medicina do Esporte – RQE 9895 - Título de Medicina Física e Reabilitação - RQE 44090

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