Níveis baixos de vitamina D aumentam os níveis de demência

Por Alice Amaral

03/08/2022 às 19h51 - Atualizada 03/08/2022 às 19h51

Níveis baixos de vitamina D aumentam os níveis de demência, foi o que mostrou uma pesquisa realizada na universidade do Sul da Austrália, que analisou informações de quase 295 mil participantes. A instituição foi a primeira a realizar a análise genética e constatar a relação entre níveis baixos de Vitamina D (25 nmol/l) e um risco 54% maior de desenvolver demência por estar associado a volumes cerebrais menores.

A Vitamina D, também conhecida por vitamina do sol é, na verdade, um pró-hormônio que é produzida a partir de uma substância derivada do colesterol presente na pele, que quando estimulada por raios ultravioleta da luz solar é convertido em colecalciferol, que é metabolizado no fígado, se transformando em 25-hidroxi vitamina D, que nos rins sob influência do paratormônio é convertida em 1,25 dihidroxivitamina D, a forma ativa e estável da vitamina D.

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Antes, nós só relacionávamos a Vitamina D com a saúde óssea, raquitismo em crianças e osteoporose em adultos, mas hoje sabemos de sua relação com várias doenças.
Antigamente não existiam antibióticos e as pessoas se tratavam em clínicas chamadas solarium. A helioterapia, que usa o sol como remédio, é utilizada desde a antiguidade pelos gregos. Desde a civilização antiga, os doentes eram expostos ao sol para acelerar o processo de cura.

A Vitamina D tem vários benefícios, entre eles, aumenta a produção de endorfina, dando a sensação de bem-estar e diminuindo a sensação de ansiedade e estresse.

Na gravidez ela ajuda a prevenir a diabetes gestacional, o aumento da pressão arterial e o baixo peso do bebê ao nascer. Ela possui uma ação na prevenção de câncer (principalmente o de mama e do intestino grosso), ajuda no tratamento de doenças autoimunes; como diabetes tipo 1, esclerose múltipla, lúpus, doenças inflamatórias do intestino, artrite e reumatoide. Além disso, melhora a saúde cardiovascular, diminui o risco de desenvolver pressão alta, infarto e AVC, aumenta a força e a agilidade muscular; melhora o equilíbrio e é um poderoso antioxidante, atuando nos radicais livres e prevenindo o envelhecimento precoce.

Fora isso, ela ajuda na prevenção e tratamento de doenças degenerativas, diabetes tipo 2 e obesidade. Nesse período pandêmico se falou muito sobre a Vitamina D, porque ela é um importante modulador do nosso sistema imune e vários estudos, como o que foi feito pela Universidade Northwestern nos EUA, mostraram que as pessoas com deficiência de Vitamina D poderiam manifestar sintomas mais graves do coronavírus.

De acordo com a pesquisa, elevar a Vitamina D para 50 nmol/l já poderia prevenir os casos de demência. Segundo o Conselho de Vitamina D dos EUA, a suficiência seria de 40 a 80 nmol/l.

Para se ter níveis adequados de Vitamina D, o corpo precisa de exposição diária ao sol, o que vai depender da cor da pele, horário, de quanto do corpo que vai estar exposto ao sol e também do peso corporal, sem contar as principais fontes da alimentação, como gema de ovo, fígado, salmão, sardinha, atum, marisco, óleo de fígado de bacalhau, ostra e cogumelos.

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Porém, como os alimentos possuem uma quantidade muito baixa de Vitamina D e com a correria do dia a dia não fazemos uma exposição correta ao sol, o ideal é suplementar a Vitamina D.

Alice Amaral

Alice Amaral

Médica - Título de Especialista em Nutrologia – RQE 9884 - Título de Especialista em Medicina do Esporte – RQE 9895 - Título de Medicina Física e Reabilitação - RQE 44090

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