Veja lista de museus de Juiz de Fora com informações atualizadas

Aproveite as férias para visitar os espaços e explorar a memória da cidade


Por Fabiane Almeida, estagiária sob supervisão de Isabel Pequeno

05/01/2019 às 17h30- Atualizada 05/01/2019 às 17h34

Com o objetivo de incentivar a cultura, a Tribuna disponibiliza em seu site a partir deste domingo (6) uma lista de museus localizados em Juiz de Fora (MG). A listagem reúne museus de história, arte, religião, tecnologia e ciência, que ajudam na construção da memória de Juiz de Fora, suas instituições e habitantes. Com uma breve introdução, destacamos curiosidades do acervo e informações de serviço, que orientam o leitor a escolher seus destinos para momentos de lazer, além de oportunidade de aprendizado para excursões de grupos, escolas e faculdades.

Entre os espaços selecionados, estão desde os tradicionais Museu Mariano Procópio e Museu Ferroviário, com elementos da construção e desenvolvimento da cidade, passando pela literatura e arte do Museu de Arte Murilo Mendes e Forum da Cultura, até espaços pouco visitados pelos juiz-foranos. Trazendo a história da saúde e o desenvolvimento da área científica, o Museu da Saúde da Santa Casa abriga curiosidades e objetos antigos. Já o Museu de Etnologia Indígena e História Natural do Colégio Academia de Comércio permite ao visitante pesquisar a evolução e a biologia dos seres vivos, além de conhecer características de civilizações indígenas, africanas e asiáticas. Explorando a história do Brasil e do mundo, o Museu da Força Expedicionária Brasileira nos leva às contribuições dos pracinhas na Segunda Guerra Mundial, e o Instituto Teuto-Brasileiro William Dilly recupera a história dos alemães que atravessaram o mar em busca de uma nova vida na cidade mineira.

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Museu Mariano Procópio

Fundado em 1915 por Alfredo Ferreira Lage, é o primeiro museu de Minas Gerais e abriga um dos principais acervos do país sobre o período imperial, com aproximadamente 50 mil peças. Guarda importante parte da história, com objetos valiosos da Família Real. Destaca-se no acervo o quadro “Tiradentes esquartejado”, de Pedro Américo, que não está em exposição. O conjunto arquitetônico compreende dois edifícios: a Villa Ferreira Lage, construída entre 1856 e 1861 e fechada para reformas desde 2008, e o Prédio Mariano Procópio, de 1922. Neste prédio, está a Galeria Maria Amália, aberta a visitação com algumas peças do acervo. No entorno, o parque conta com jardins, lago, brinquedos em madeira e acervo natural que inclui espécies raras da exótica flora brasileira, aberto para lazer e caminhada. Há lanchonete e carrinhos de pipoca e algodão-doce nos fins de semana. Confira a programação no link .

Foto Olavo Prazeres

Museu Ferroviário

Inaugurado em 2003, o museu foi instalado na antiga plataforma de embarque e sede da antiga Estação Central da Estrada de Ferro da Leopoldina e possui mais de mil peças que participaram do cotidiano das ferrovias, sendo 400 em exposição. Com séries de fotografias e objetos históricos, o espaço aborda a origem e a evolução da ferrovia, pensando seus impactos sociais e econômicos a partir do século XIX, no Brasil e em Juiz de Fora. A exposição inclui a reprodução da bilheteria e de uma cabine da primeira classe com mobiliário e objetos autênticos. No cenário do escritório de trabalho do Chefe da Estação, uma coleção de relógios vindos de várias estações da região, do final do século XIX e início do século XX, são como uma viagem no tempo.

Também estão expostas peças de locomotivas, instrumentos de trabalho e telefones antigos, documentos oficiais, equipamentos científicos, louças e miniaturas. Do lado de fora, locomotivas aposentadas estão expostas para interação. Focado na formação cultural e promoção de eventos, o museu apresenta o Programa de Educação Patrimonial com visitas guiadas de grupos, com objetivo de formação de público para museus. Em geral, a visitação não precisa de guia. Com programações diárias, o espaço oferece ainda aulas de teatro e dança para crianças e adolescentes mediante inscrição. Confira a programação no link .

Foto Olavo Prazeres

 Museu de Arte Murilo Mendes

Fundado em 2005, com o objetivo de preservar a memória literária e cultural de Juiz de Fora, com homenagem especial ao escritor Murilo Mendes (1901-1975). O acervo, com cerca de 20 mil livros registrados, inclui mais de 2.800 títulos doados pela esposa de Murilo Mendes à Universidade Federal de Juiz de Fora após a morte do poeta. Entre os destaques da biblioteca, estão as primeiras edições das obras do autor, entre elas “História do Brasil”, de 1932, e “Poemas”, de 1930. Também é possível encontrar arquivos dos autores João Guimarães Vieira (Guima), Arthur Arcuri, Gilberto e Cosette de Alencar, Dormevilly Nóbrega e Cleonice Rainho.

Já o acervo de artes visuais do poeta é considerada a maior coleção internacional de arte moderna no Estado de Minas Gerais. A coleção particular do escritor reúne cerca de 150 obras divididas em três núcleos: obras estrangeiras, obras italianas e arte brasileira modernista – esta sendo a única com obras em exposição atualmente. As mais importantes obras em reserva técnica são de Pablo Picasso – técnica de litografia (1947) e gravura em metal (1934) – e Joan Miró com técnica de litografia, sem nome ou data. Não se pode deixar de conferir os retratos de Murilo Mendes feitos por Candido Portinari, Flávio de Carvalho e Alberto Guignard. O espaço também recebe exposições temporárias e promove atividades culturais e educativas para a comunidade, além de oficinas para crianças. A UFJF também disponibiliza o Coletivo Cultural, com condução para estudantes de instituições públicas por agendamento no mesmo contato. Confira a programação no link .

Foto Marcelo Ribeiro

Memorial da República Presidente Itamar Franco

Inaugurado em 2015, em homenagem ao juiz-forano e ex-presidente Itamar Franco (1930-2011), o espaço reúne reproduções de documentos, além de fotografias e objetos referentes ao período em que o presidente Itamar Franco exerceu cargos públicos no Brasil e no exterior. No hall de entrada, o visitante é recebido por uma linha do tempo desde a Proclamação da República em 1889, conciliando contextos históricos internacionais e momentos da vida de Itamar. O coração da exposição é o famoso Fusca azul do ex-presidente, de edição limitada, produzido na época do relançamento do carro popular 1994-1995. Ainda no primeiro piso, móveis de estilo manuelino pertencentes ao político reproduzem um dos escritórios utilizados por ele. A exposição ainda reúne condecorações e objetos simbólicos da República e objetos pessoais, como os óculos usados por ele, além de cartas populares e recortes de jornais que atraem pesquisadores. O memorial também recebe exposições temporárias e conta com uma biblioteca com mais de 7 mil livros da coleção de Itamar Franco e disponíveis para consulta agendada. Confira a programação no link .

Foto Olavo Prazeres

Museu de Marmelos Zero

Inaugurada em 1889 e considerada a primeira usina hidrelétrica da América do Sul, a Usina Hidrelétrica de Marmelos foi construída no Rio Paraibuna por iniciativa de Bernardo Mascarenhas. Na época, o empresário desejava utilizar esse tipo de energia tanto na iluminação da cidade, que era a gás, quanto em sua fábrica, em uma época em que as fábricas têxteis eram movidas a vapor. Em 2001, o prédio foi reformado para abrigar o Museu da Usina de Marmelos e possui em seu acervo a mesa particular de Bernardo Mascarenhas, além de fotografias que retratam a família do empresário e a construção da usina. Documentos do fim do século XIX e início do século XX também fazem parte do acervo, como livros de ata e contabilidade dos primeiros acionistas da Companhia Mineira de Energia, além do rascunho da planta da usina. Também são encontrados equipamentos curiosos como máquina de escrever e de calcular, teodolito, manômetros, painel de controle de energia e uma réplica de um gerador fabricado pela Westinghouse. Os bens e o acervo do museu são cuidados pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) através de convênio com a Cemig, que incorporou a CME em 1980. Atualmente o museu está fechado sem previsão de abertura. Confira detalhes no link .

Foto Fernando Priamo

Museu Crédito Real

Criado em 1964, conta a história da formação do Banco do Crédito Real fundado em 1889 até sua privatização em 1999. O acervo abriga cerca de 10 mil fotografias, filmes e livros de conteúdo bancário, que registram os eventos sociais e o cotidiano nos bancos com ênfase em Minas Gerais. Dentre os destaques da exposição, estão a balança de café, através da qual conta-se a história da explosão da Bolsa de Valores em 1929, que atingiu a economia cafeeira no estado mineiro. Também é possível encontrar relações de escravos hipotecados, refletindo a condição de vida dessa população na época, e as coleções de louças vindas da Inglaterra que remetem ao início do século XX, retratando um dos estilos de vida do período. Com mobiliários originais, o museu possui ainda uma reprodução da sala do diretor de um banco no começo do século XX, além de máquinas de escrever e de contabilidade, produzindo um comparativo com as tecnologias atuais. Confira a coleção de moedas e cédulas nacionais e internacionais, que acompanham a mudança monetária do Brasil. Confira detalhes no link .

Foto Marcelo Ribeiro

Centro de Ciências UFJF

Um espaço para todas as idades com atrações do antigo Centro de Ciências do Colégio João XXIII e outras exposições. O Espaço Interativo do Museu de Malacologia Prof. Maury Pinto de Oliveira expõe parte das mais de 45 mil conchas provenientes do museu com sede no Instituto de Ciências Biológicas da UFJF. A coleção foi iniciada pelo professor na década de 1950 e reúne conchas marinhas, de água doce e terrestre que podem ser manipuladas pelo público, com destaque para a gigante Tridacna gigas vinda da Austrália e conhecida como concha assassina, com peso de cerca de 300kg. Já o Museu de Arqueologia e Etnologia Americana foi fundado pelo professor Franz Hochleitner e relembra suas pesquisas iniciadas na década de 1940. O acervo reúne réplicas e peças originais da civilização de Tiwanaku, que existiu antes do Império Inca da Bolívia ao norte da Argentina e o Chile (1580 a.C – 1172 d.C). Representando a cultura local, a coleção possui crânios, esculturas de cerâmica, utensílios do dia a dia, relacionados a cosmologia e rituais religiosos, além de instrumentos cirúrgicos. O destaque da exposição é a réplica da Porta do Sol, um monumento repleto de ideogramas desvendados pelo pesquisador, que era utilizado como calendário luno-solar.

A exposição “Aprenda Brincando” dispõe de experimentos práticos e interativos que permitem aprender ciência de uma forma lúdica. O destaque é o Gerador de Van de Graaff que pode produzir até milhões de volts e arrepia os cabelos dos visitantes que se propõem a testá-lo. A “Célula ao Alcance da Mão” permite também a interação de deficientes visuais, através da percepção tátil de 65 réplicas tridimensionais do corpo humano, representando suas células, tecidos, órgãos e sistemas. A Tabela Periódica Interativa apresenta amostras de elementos químicos e espécies minerais, informações e curiosidades sobre os elementos. No Laboratório de Biologia, grupos de estudantes podem observar células e tecidos humanos através de microscópios. Já o Laboratório de Ciências e Educação Matemática conta com jogos. Por fim, a exposição Energia Nuclear introduz o visitante sobre a utilização da energia nuclear no dia a dia, nas indústrias e na medicina, além de relembrar os danos causados durante a Segunda Guerra Mundial.
O espaço ainda conta com Planetário e Observatório com horários especiais de funcionamento e agendamento prévio via site. Confira detalhes no link .

Foto Fernando Priamo

Museu de Etnologia Indígena e História Natural do Colégio Academia de Comércio

Fundado em 1997, o museu é destino da coleção pessoal do padre alemão Leopoldo Krieger, também fundador do curso de ciências biológicas na Faculdade CES. das cerca de 40 mil peças em reserva técnica, 1.700 estão em exposição. No Museu de História Natural, é possível pesquisar a evolução e a biologia através de fósseis, minerais, rochas, além da réplica do crânio do Tiranossauro Rex e uma cópia completa do crânio de um mastodonte. Na mesa interativa, a criança pode tocar nos animais empalhados – aves, répteis, mamíferos, anfíbios e peixes, com destaque para o bezerro de duas cabeças, bem como fósseis, plantas e invertebrados. No Museu de Etnologia Indígena, peças demonstram a diversidade da cultura brasileira, com réplica de casas, materiais de uso do cotidiano, instrumentos musicais, utensílios de cozinha, vestimentas e adornos. Também estão expostos artefatos africanos e asiáticos objetos ligados a rituais religiosos. As visitas guiadas podem ser agendadas por telefone. Confira detalhes no link .

Foto Felipe Couri

Museu Dinâmico de Ciência e Tecnologia UFJF

Criado em 2002, o museu tem sua sede na antiga Escola de Engenharia de Juiz de Fora, que esteve em funcionamento de 1914 até a década de 1960, quando foi incorporada pela Universidade Federal de Juiz de Fora. O acervo conta com mais de 1.600 peças e 30 mil documentos, cerca de 250 se revezam na exposição, sempre em torno do tema “Instrumentos científicos e instrumentos do conhecimento”, que tem por objetivo preservar a memória da ciência e tecnologia da Faculdade de Engenharia e da UFJF. Entre os destaques está o Termômetro Diferencial de Leslie de 1821, que pertence à coleção francesa de instrumentos científicos do fabricante Emile Beyrolle.

O museu também conta com peças das áreas de eletricidade (década de 1920) e topografia (final do século XIX ao início do século XX), além de aparelhos construídos na própria Escola de Engenharia, como a Balança de Tríplice Escala e a Balança Analítica Juiz de Fora. Notas fiscais e documentos de fabricação do que era produzido pela escola ajudam a contar a história da engenharia, as épocas de utilização e criação de objetos, demonstrando a evolução das tecnologias e da ciência. É necessário fazer agendamento apenas para visitações guiadas de grupos. Confira a programação no link .

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Foto Fernando Priamo

Museu da Faculdade de Farmácia e Bioquímica da UFJF

Fundado em 1972, o museu leva o nome do Professor Lucas Marques do Amaral, primeiro diretor da Faculdade de Farmácia após a separação do curso de Odontologia. Com cerca de 200 peças expostas e objetos ainda em processo de catalogação, o espaço busca retratar a história da Farmácia através de materiais da antiga EFOJF e também do laboratório de Física da antiga Escola da Engenharia e doações particulares. Nas mostras temporárias do acervo, é possível se deparar com aparelhos e materiais diversos relacionados às atividades farmacêuticas e também da medicina. Sarjadeira utilizada para realizar sangrias e seringas de vidro e agulhas em metal, utilizadas antes dos materiais em plástico, são destaque no acervo, assim como o microscópio portátil do início do século XIX, mamadeira do século XIX, balanças e outros utensílios usados em farmácias e laboratórios, fotografias e livros. As visitas guiadas podem ser agendadas por telefone ou e-mail. Confira a programação no link.

Foto Divulgação

Museu da Força Expedicionária Brasileira

Fundado em 2005, o museu recebe o nome de José Maria da Silva Nicodemos, ex-combatente da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Registra as memórias dos Pracinhas que lutaram na Itália, por meio de fotografias que retratam a batalha, peças doadas por ex-combatentes e historiadores. Dentre os destaques do memorial, estão uniformes brasileiros originais e também italianos, capacetes, medalhas, equipamentos de comunicação utilizados no fronte, cédulas de dinheiro italiano e recortes de jornais da época. A exposição é aberta ao público, e visitas de turmas podem ser acompanhadas por um ex-combatente ou historiador mediante agendamento. O acervo pertence à Associação Nacional de Veteranos da Força Expedicionária Brasileira de Juiz de Fora. Confira detalhes no link.

Foto Divulgação

Fórum da Cultura

O espaço fundado em 1971, conta com várias atrações culturais. Com mais de três mil peças em acervo, o Museu de Cultura Popular da UFJF oferece exposições mensais com estatuárias, peças de crenças religiosas e cerâmicas, brinquedos populares, entre outras peças de culturas nacionais e estrangeiras. A Pinacoteca, iniciada nos anos 90, abrange obras de artistas juiz-foranos e mineiros em exposição permanente. Dentre os artistas mais conhecidos, estão Dnar Rocha e Carlos Bracher, além de pinturas figurativas de Lages das Neves e abstrações de Amaury de Battisti. A Coleção Presépio, que nasceu através do professor Antônio Weitzel, em 1988, é exposta tradicionalmente nos finais de ano e tem sido ampliada com doações. Com destaque para presépios vindos da Angola e da Itália, o acervo reúne mais de cem unidades.

O espaço guarda ainda obras raras da música erudita, desde composições medievais a compositores contemporâneos, que ainda estão sendo catalogadas com a intenção de serem disponibilizadas aos visitas no futuro. Dentre os discos de destaque, está o “Panis Angelicus”, na voz de Benjamino Gigli. Pelo casarão também é possível se deparar com uma vitrola à manivela de 1904 e um gramofone da mesma época. Uma das salas do prédio também preserva a memória da UFJF, com telas que retratam os antigos prédios da universidade e relembram a época em que o Fórum abrigou o primeiro gabinete da reitoria. O Fórum ainda conta com a Galeria de Arte, um espaço aberto para exposição de artistas locais e de âmbito nacional, e oferece cursos e oficinas, além de ser a casa do Grupo de Teatro Divulgação e do Coral da UFJF. A programação do mês pode ser conferida na agenda disponível no site.

Foto Marcelo Ribeiro

Centro Cultural Bernardo Mascarenhas

Símbolo do pioneirismo industrial, a antiga Cia. Têxtil Bernardo Mascarenhas (1888-1984) foi transformada em centro cultural em 1987, abrindo as portas para diferentes manifestações artísticas e culturais de Juiz de Fora e região. O seu estilo arquitetônico imita as fábricas inglesas, com tijolos aparentes. O centro possui seis galerias de arte que recebem exposições de fotografia, telas, instalações e variadas manifestações de artes plásticas. O espaço conta ainda com ateliês, sala de encenação com capacidade para 160 expectadores, salas de teatro e dança, reuniões e encontros. O centro faz parte do Complexo Mascarenhas, que também abriga a Biblioteca Municipal Murilo Mendes, o Mercado Municipal e o Centro de Formação do Professor. A divulgação das programações acontece através do Facebook. Confira também no nosso link .

Foto Felipe Couri

Museu da Saúde da Santa Casa

Inaugurado em 2006, o museu conta a história da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, construída em 1854, a evolução da medicina e da enfermagem e a importância do Barão de Bertioga, fundador da instituição, para o crescimento da cidade. Das 1832 peças catalogadas, nem todas se encontram expostas. O acervo reúne fotografias, livros e documentos, utensílios que já foram usados no dia a dia do hospital: frascos antigos de medicamento, aparelhos de pesagem, de radiologia, microscópios e esterilizador, objetos e mobílias usadas por antigos dentistas. A peça mais estimada é a imagem de N. S. do Carmo de origem portuguesa e trabalhada em madeira. Datada do século XVIII e conhecida como Santa do Pau Oco, a imagem foi restaurada e é mantida guardada. Dentre os destaques da exposição, também é possível encontrar livros no idioma francês de 1860 sobre anatomia e tratamentos de pneumonia e o Livro de Cirurgia da Guerra Moderna (1943), com relato de médicos brasileiros que trabalharam em campos de batalha. A Capela Senhor dos Passos também faz parte do acervo do museu, com suas obras, lustre e pinturas e sua característica arquitetônica típica do final do século XVIII. O espaço preserva a memória dos costumes e hierarquias da época e guarda os restos mortais do Barão e da Baronesa de Bertioga, além do Dr. João Penido e Dona Carolina, enterrados ao fundo da capela. A visitação de escolas, faculdades, escolas técnicas e entidades devem ser agendadas por telefone. Confira mais informações no link.

Foto Felipe Couri

Instituto Teuto-Brasileiro William Dilly

Criado em 1967, o Instituto tem como objetivo resgatar e preservar a memória da imigração alemã em Juiz de Fora. Seu acervo abriga objetos de uso cotidiano das famílias germânicas, mobílias antigas, fotografias, livros e documentos raros que recuperam os registros dos primeiros imigrantes a se instalarem na cidade em 1858. Entre os diversos itens, destaca-se o Livro dos Passageiros, com o registro dos 1.193 colonos que imigraram de navio, mapas originais da Companhia União Indústria e da Colônia Alemã Dom Pedro II. É possível encontrar ainda louças, máquinas de costura, jogos tradicionais alemães e até objetos utilizados na antiga fábrica de balas A Suissa, que pertenceu à família Degwert e funcionou até a década de 1990 na parte baixa da Rua Halfeld, no Centro de Juiz de Fora. O material encontra-se disponível para pesquisa genealógica, em que o visitante pode descobrir a origem de seus antepassados e quem eles eram quando chegaram ao território brasileiro. A visitação pode ser feita através de agendamento por e-mail ou telefone. Confira detalhes neste link.

Foto Fernando Priamo

Espaço Cultural Marechal Guilherme Xavier de Souza

O museu localizado no 10º Batalhão de Infantaria Leve de Juiz de Fora, que completa tem cem anos e é a quinta unidade do exército mais antiga do Brasil, foi inaugurado em 2011. Fazendo um paralelo com a história do Brasil, através dos conflitos e das missões de paz, o espaço, construído no solo e subsolo, reúne um acervo fundado em 1749. As fotografias, artefatos bélicos e outras relíquias ajudam a reconstruir a trajetória do regimento, destacando episódios da Segunda Guerra Mundial, além das ações de paz na Angola e no Haiti e a Guerra do Paraguai e outros. O museu exibe armamentos, material médico e de comunicação, uniformes, objetos do cotidiano dos soldados, como kits de talheres, marmita e cantil, embornais e coldres. Grande parte dos itens foi doada por pracinhas de Juiz de Fora que pertenceram ao regimento. A simulação de um acampamento mostra a preparação para o combate nas ofensivas em Montese, na Itália, principal ponto de atuação do batalhão em sua participação no conflito, entre 1944 e 1945. Exemplares da propaganda nazista e o capacete de um soldado alemão capturado chamam atenção do visitante, que ainda pode conferir um acervo em áudio do discurso de Hitler, Winston Churcill e Getúlio Vargas durante o período. O museu relembra figuras conhecidas que passaram pelo Exército em Juiz de Fora, como Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. É necessário agendamento prévio para grupos com mais de 40 pessoas. Mais informações através do link.

Foto Marcelo Ribeiro

Tópicos: museu

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