Conheça os prós e contras da Dieta Pegana

Por Alice Amaral

19/02/2019 às 09h51 - Atualizada 19/02/2019 às 09h51

Pegana? Isso mesmo: com “P”. O nome deriva da combinação das palavras paleo e vegana. A palavra paleo é de origem grega, ‘palaiós’, que significa antigo. Paleolítico, um período histórico que pode ser entendido como “pré-agrícola”. Ou seja, quando nossos ancestrais se alimentavam de carne de animais, sementes do tipo noz, raízes, frutos e outros itens encontrados no processo de coleta na natureza.

Veganismo, pode ser entendido como uma postura frente a diversos aspectos da vida e da interação com a natureza. Exclui totalmente o consumo de qualquer tipo de produto de origem animal e também no que diz respeito aos produtos de vestuário e práticas de entretenimento que utilizam animais. Cosméticos testados em animais também não fazem parte do consumo.

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O termo tornou-se conhecido a partir da publicação do livro “Food: What the heck should i eat?” (em português: “Comida: afinal de contas, o que devemos comer?”), de Mark Hyman, que é autor de outras obras que versam sobre temas relacionados à saúde.

A dieta dá relevância aos produtos frescos de origem vegetal. É importante frisar que produtos industrializados e ultraprocessados não fazem parte, embora na embalagem possa constar que preservam as propriedades dos alimentos. E, nem todos os produtos de origem vegetal são indicados: grãos e leguminosas não fazem parte da lista de consumo.

Carnes e gordura de origem animal estão incluídos na dieta. É preciso considerar que as carnes recomendadas são de animais criados e mantidos em condições naturais, alimentados de forma conveniente e que não consumam hormônios e outros produtos químicos. A gordura de porco, por exemplo, é uma opção para preparo de alimentos, e as carnes gordurosas, peixes e outras opções são parte integrante da dieta.

Não há consenso sobre a proposta. Naturalmente existem defensores e por outro lado estudiosos que apontam várias restrições e lacunas. Muitos criticam por não contemplar os laticínios, mel e feijão. O assunto não se esgota de forma a ser “contra” ou “a favor”. Trata-se de uma proposta que deve ser analisada sob a ótica de uma dieta alimentar.

Cada um de nós tem necessidades específicas, histórico de vida único e outras singularidades. Por isso, o processo começa com uma visita ao médico para uma avaliação inicial e a montagem de uma dieta feita sob medida. A supervisão e acompanhamento médico são condições essenciais, pois uma dieta não deve ser adequada a um momento ou estação do ano. Mais do que isso: é uma continuidade para garantir qualidade de vida.

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Alice Amaral

Alice Amaral

Médica - Título de Especialista em Nutrologia – RQE 9884 - Título de Especialista em Medicina do Esporte – RQE 9895 - Título de Medicina Física e Reabilitação - RQE 44090

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