Estudo indica que área do cérebro pode estimular o consumo de alimentos calóricos
A pesquisa foi realizada por pesquisadores da Universidade de Waterloo e da Universidade do Oeste de Ontário, no Canadá, e trata de um tema complexo e de grande interesse para sociedade, principalmente pelo fato de estarmos presenciando uma tendência de aumento de consumo de alimentos calóricos e problemas de saúde como diabetes e obesidade, advindas em parte dos hábitos alimentares pouco recomendáveis.
O público selecionado para o estudo foi constituído por 28 jovens do sexo feminino, que receberam estimulação TMS (Estimulação Magnética Transcraniana) no córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo (dlPFC), a rede cerebral responsável pelo autocontrole, segundo os especialistas.
Os resultados obtidos indicaram que 89% das participantes optaram por alimentos mais calóricos, em comparação com o resultado das sessões de “estimulação placebo”. E para completar, as jovens também avaliaram variedades de alimentos ou refeições após serem submetidas à TMS. Sendo que, a maioria avaliou de forma positiva os produtos altamente calóricos, além de dar mais atenção às imagens atraentes dos mesmos e, além disso, se pronunciaram favoráveis ao consumo.
O estudo potencialmente auxiliará no desenvolvimento de terapias, pois entre outros fatores traz novos dados sobre o funcionamento do cérebro e também sobre formas de se posicionar frente à fome e o apetite.
Vale lembrar que outros fatores podem influenciar a funcionalidade do córtex pré-frontal dorsolateral, como a prática regular de exercícios, que é uma opção válida, desde que recomendada por especialista; e o estresse e a má qualidade do sono também são citados quando pensamos em fatores que podem prejudicar.
Outras pesquisas serão desenvolvidas, os estudos serão refinados e, portanto, avanços são esperados. A agenda do futuro está sendo desenhada. Contudo, conhecer nossa condição biopsicossocial, buscar informações e consultar um especialista sempre devem fazer parte do nosso cotidiano. Devemos adotar as melhores práticas conhecidas e acreditar no progresso. Assim, viveremos mais e com qualidade de vida.