Coco, kefir e alecrim ajudam a combater o fungo causador da candidíase

Por Alice Amaral

24/04/2018 às 10h36 - Atualizada 07/05/2018 às 17h33

É uma doença infecciosa causada pelo fungo ‘Cândida Albicans’, que faz parte da nossa microbiota intestinal. Trata-se de um germe oportunista que, quando ocorre um desequilíbrio do nosso sistema imunológico, ele se multiplica e migra para outras regiões do corpo, aparecendo os sintomas.

 

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Alguns fatores que predispõem o aparecimento são infecções, mesmo simples como a gripe, e medicamentos, (antibióticos, corticoides, anticoncepcionais, imunossupressores e laxantes); e doenças que causam deficiência no sistema imunológico como HIV, diabetes, gravidez e também deficiência alimentar, obesidade e estresse.

 

Os tipos são variados e os sintomas não se restringem apenas a região genital:

 

Vagina – 3 em cada 4 mulheres apresentam corrimento tipo nata, prurido, dor, vermelhidão e disúria.

 

Pênis- 2 em cada 8 homens apresentam inchaço, vermelhidão, disúria e dor ao coito.

 

Oral (sapinho) – Lesões brancas de aspecto cremoso no céu da boca, bochechas e língua, ardência, e diminuição do paladar.

 

Perianal – prurido.

 

Esôfago – dificuldade deglutição (odinofagia) e dor no peito.

 

Pele (cutânea)- áreas de dobra (entre os dedos, virilha, bolsa escrotal e axilas) dor e coceira.

 

Em crianças – alergia das fraldas.

 

Unhas – micose.

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Intestino – distensão abdominal, cólicas e diarreia.

 

Sistêmica – em pacientes com imunidade comprometida – rins, fígado, olhos, coração e ossos.

 

Apresenta caráter recorrente em pelo menos 40% das pessoas. O intestino é considerado nosso segundo cérebro. Cerca de 85% do nosso sistema imunológico está ligado ao intestino. Quando ocorre uma alteração da nossa microbiota intestinal (disbiose) o fungo (cândida) migra para outros órgãos, desencadeando doenças. Por isso, o tratamento não pode ser local. O problema é sistêmico e está ligado a alimentação.

 

O tratamento inclui a retirada do açúcar, carboidratos refinados, leite e derivados, glúten, álcool, cigarro, alimentos industrializados (alimentos inflamatórios), e ainda evitar o estresse.

 

É indicado a utilização do coco (possui acido láurico, que quando chega ao estômago se transforma em monolaurina e possui também o ácido caprilico, ambos excelentes no combate à candidíase), semente de abobora, romã, kefir, orégano, alecrim, vinagre de maçã, alho, cebola, gengibre, tomilho e azeite de oliva extra virgem.

 

Outros cuidados necessários são dormir sem calcinha, preferir o uso de saia ou vestido, calcinhas de algodão (evitar sintéticas: nylon ou lycra), melhorar a higiene, evitar uso diário de absorventes, calças muito apertadas, biquínis molhados e relação sexual sem uso de preservativo.

Alice Amaral

Alice Amaral

Médica - Título de Especialista em Nutrologia – RQE 9884 - Título de Especialista em Medicina do Esporte – RQE 9895 - Título de Medicina Física e Reabilitação - RQE 44090

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