Autismo e alimentação | Bons hábitos alimentares podem auxiliar no tratamento
O autismo é uma síndrome que afeta todas as áreas do comportamento humano.
Muitas vezes, familiares, educadores e pessoas próximas notam algumas alterações comportamentais e não conseguem lidar bem com a situação. A falta de diagnóstico preciso pode prejudicar muito as pessoas portadoras. Necessitamos conhecer melhor o assunto para podermos dar assistência e atendimento especializado.
Mesmo com a falta de diagnóstico de parte da população afetada, é possível dizer que o autismo atinge um contingente expressivo de pessoas, ou seja, é um caso relevante de saúde pública.
Segundo alguns pesquisadores, o termo autismo é inicialmente descrito na literatura psiquiátrica por Plouller em 1906, ao descrever a demência precoce (atual esquizofrenia) de alguns pacientes em processos psicóticos e alienados de tudo a sua volta.
O aprofundamento dos estudos sobre o autismo vai permitir a melhor compreensão das variáveis envolvidas, a elaboração de tratamentos mais adequados e o diagnóstico mais precoce. Tudo isso vai colaborar com a melhoria de qualidade de vida dos pacientes e ganhos para toda a sociedade. As crianças autistas demandam cuidados amplos, aqui vamos abordar especificamente o aspecto da alimentação.
A importância da seletividade alimentar para o autismo
Alguns sintomas gastrointestinais, tais como: diarreia crônica, dor abdominal, flatulência, vômitos, intolerância aos alimentos, são relativamente comuns nos pacientes. Portanto, deve ser redobrada a atenção ao aspecto da alimentação.
Primeiramente é necessário pensar que os pacientes apresentam necessidades diferenciadas, então os cuidadores, familiares e demais envolvidos precisam de informação técnica e mesmo treinamento para melhor atender. Proporcionar o consumo de alimentos saudáveis e naturais, acompanhar o paciente nas refeições, evitando a ingestão acima do necessário e também que ele coma com muita rapidez e que prejudique a mastigação adequada, oferecer diversidade e verificar a aceitação dos alimentos; enfim, estimular bons hábitos e acompanhar os resultados, sempre mediante orientação especializada e de acordo com o perfil da pessoa.
A dieta para autismo
Evitar a ingestão de glúten é outro ponto que precisa ser mencionado, pois pode proporcionar prejuízo na absorção de nutrientes em função de danos provocados na membrana intestinal, entre outros malefícios.
O consumo de leite e derivados também precisa ser revisto, alguns estudos científicos indicam que a retirada da caseína pode melhorar os sintomas do autismo. Vale lembrar que os autistas apresentam alergias e em alguns casos perda de peso.
Os alimentos industrializados em geral devem ser evitados, pois contém corantes, conservantes e outros aditivos que podem potencializar as alergias. Além do mais, potenciais interações dos ingredientes artificiais presentes nos alimentos podem causar mais danos ao organismo dos pacientes.
Mediante diagnóstico e devido acompanhamento, podemos dizer que alguns alimentos são benéficos para a dieta dos portadores de autismo, mas nunca generalize as situações. Sempre é preciso lembrar que cada caso é um caso.
Os alimentos ricos em ômega 3, como o salmão, a sardinha, amêndoas, avelãs, nozes, sementes de linhaça e também os ricos em antioxidantes como as frutas e legumes, proporcionam melhorias para os pacientes. E para temperar e dar um sabor especial, a indicação é o azeite de oliva extra virgem.
Diante desses fatos, é fundamental uma dieta equilibrada, rica em bons nutrientes e que contemple uma forma de ajudar no tratamento do autismo.