Policial que matou ex-esposa em Santos Dumont é ouvido

Militar prestou depoimento em audiência de instrução na qual 13 testemunhas foram escutadas


Por Vívia Lima

27/09/2018 às 12h43- Atualizada 27/09/2018 às 14h50

O policial militar de 35 anos envolvido na morte da ex-esposa dentro de sua própria casa, no dia 14 de abril, no município de Santos Dumont, participou de audiência de instrução no fórum da cidade, na tarde desta quarta (26), presidida pelo juiz Marcelo Alexandre do Valle Thomaz. Treze testemunhas foram ouvidas, além do réu interrogado.

O soldado da Polícia Militar Gilberto Ferreira Novaes foi indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público (MP) pela morte de Sthefania Parenti Ferreira Novaes, 29. Segundo a assessoria do TJMG, a sentença de pronúncia não foi divulgada nesta quarta porque existe a necessidade de alegações finais por parte do promotor responsável pelo caso, Flávio Barra Rocha e da defesa do réu.

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O policial, suspeito de matar a ex-esposa dentro de sua própria casa, no dia 14 de abril, no município de Santos Dumont, chegou à audiência algemado, escoltado e com colete à prova de balas. Conforme as investigações, ele foi até a casa da ex-companheira, no Bairro Córrego do Ouro, em Santos Dumont, e cometeu o crime por não aceitar o término do relacionamento. Gilberto teria aproveitado a chegada de uma motofretista à residência da ex-companheira para conseguir entrar no imóvel. Um jovem, 24, abriu o portão para receber a entrega de um lanche quando foi surpreendido pelo PM. O homem teria saído do interior de um carro estacionado próximo já com uma arma de fogo nas mãos, subido as escadas de acesso à casa e aberto fogo contra a ex-mulher. Na sequência, fugiu de carro com a filha e ambos teriam pernoitado em um motel de Belo Horizonte.

A garota foi resgatada por policiais militares cinco dias depois de Stefhania ter sido assassinada com três perfurações à bala no tórax e abdômem. A menina estava com o pai, no Centro da capital mineira, onde o homem tentava adquirir documentos falsos. Gilberto foi preso próximo a um shopping popular, e a criança ficou sob tutela da PM até a chegada de familiares. Ela retornou para casa na cidade onde morava com a mãe na madrugada do dia 20 de abril.

Tópicos: polícia / violência

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