PDT manifesta apoio a Antonio Anastasia (PSDB)

Presidente da Executiva do partido, Mário Heringer (PDT) alerta para a conjuntura política


Por Gabriel Ferreira Borges, estagiário sob supervisão da editora Luciane Faquini

18/10/2018 às 21h18- Atualizada 18/10/2018 às 23h09

Em reunião da Executiva estadual nesta quarta-feira (17), o PDT deliberou o apoio à candidatura do senador Antonio Anastasia (PSDB) ao Governo do Estado de Minas Gerais. Presidente da Executiva, o deputado federal Mário Heringer (PDT) justificou o posicionamento no segundo turno em razão a uma tendência “que nós estamos vivendo no Brasil, da qual podemos nos arrepender em um curto espaço de tempo. É uma tendência de mudança de estrutura muito abrupta”. Em primeiro turno, a legenda trabalhista compôs, ao lado de MDB, Podemos, PRB, PROS e PV, a coligação Minas Tem Jeito, encabeçada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adalclever Lopes (MDB).

Entretanto, o posicionamento favorável do PDT não implica em compromisso ou participação em eventual novo governo Anastasia. Conforme Heringer, a deliberação da Executiva ocorreu sem que houvesse diálogos dos trabalhistas com os tucanos. “Não negociamos absolutamente nada com a campanha do Anastasia. Não teremos nenhum compromisso com o governo que virá. Se, por ventura, o Anastasia ganhar a eleição, ele não terá compromisso nenhum com o PDT”. Para o presidente da Executiva, a opção da legenda não foi entre Romeu Zema (Novo) e Anastasia e, sim, “em função do que a gente acha que é o melhor para Minas Gerais”.

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As lideranças de Jair Bolsonaro (PSL) e Romeu Zema (Novo) nas pesquisas eleitorais em âmbito nacional e estadual, respectivamente, configuram a tendência de “novo tipo de governo”, o que implicaria em uma grande situação de insegurança e de imprevisibilidade para Heringer. “O candidato que se apresenta (Zema) foi muito votado no primeiro turno para tirar o PT. A dose foi muito alta”, pontuou. “Na medida em que você conhece o Zema, você o desconhece mais. É uma pessoa que não tem preparo mínimo. Não conhece nada do Estado de Minas Gerais para governá-lo. Eu não estou brigando com o Zema. Só digo que ele não sabe nada. Nós colocaremos um presidente que não sabemos o que vai sair e um governador que a gente sabe que não está preparado para enfrentar as nuances da política”, completou o deputado federal.

“Nenhuma estrutura partidária e administrativa”

Ainda segundo o deputado Mário Heringer (PDT), “a mudança do velho para o novo não é uma grande mudança. A mudança tinha que ser do ruim para o bom”. O presidente da Executiva do PDT criticou, sobretudo, a inexperiência política de Zema e do Partido Novo. “Não tem nenhuma estrutura partidária nem estrutura administrativa. É diferente ser dono de uma empresa de gasolina, onde ele demite um funcionário na hora em que ele quer, e ser um governador do Estado. É completamente diferente.”

Tópicos: eleições 2018

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