Bruno Siqueira declara apoio a Anastasia

Ex-prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira (MDB) foi o convidado do programa Pequeno Expediente, da Rádio CBN Juiz de Fora, nesta quinta-feira (11). Durante a entrevista, o político juiz-forano deu seu posicionamento pessoal sobre a disputa pelo Governo de Minas entre Romeu Zema (Novo) e Antonio Anastasia (PSDB), que disputam o segundo turno e declarou apoio a Anastasia. “Enquanto prefeito, convivi dois anos com o então governador Antonio Anastasia (atual senador, o tucano foi governador entre 2010 e 2014). Ele ajudou muito a cidade e muitos recursos do Estado vieram através dele. Ele é um técnico, que virou político porque tem cargos públicos. Mas ele é técnico”, destacou Bruno. Para o emedebista, Zema tem em seu plano de governo ações específicas da seara privada, porém inaplicáveis no cotidiano da administração pública. “A intenção dele (Zema) é boa, mas alguns atos em si não são possíveis de ser realizados da forma como ele coloca.”

Bruno também comentou sobre o revés sofrido nas urnas no último domingo. Candidato a deputado estadual, obteve 26.515 e não foi eleito após renunciar ao cargo de prefeito em abril deste ano. Para o emedebista, a tentativa frustrada de se lançar ao Senado, por conta de divergências entre os diretórios estadual e nacional – o vice-governador Antônio Andrade (MDB) chegou a ser afastado do comando do MDB mineiro – contribuíram para o resultado. “Saí para ser candidato a Senador. Estava buscando esta vaga e tinha os votos dos convencionais do partido. Assim, era o povo mineiro que iria definir se eu venceria ou não a eleições. Mas a mudança que aconteceu dentro do diretório estadual não deu a possibilidade democrática dos nossos convencionais votarem. Não tive essa oportunidade de ser candidato a Senador, e me restava a alternativa de tentar uma vaga para Assembleia Legislativa ou não concorrer a cargo algum, uma vez que não iria concorrer para deputado federal em virtude de alguns parceiros políticos que disputariam o cargo”, lembra o emedebista.

Diante do novo cenário, Bruno considera que a mudança de cargo disputado por ele não foi bem assimilada pelo eleitorado, “tanto é que a votação não foi uma votação expressiva”. Apesar disto, não se diz arrependido por ter deixado a Prefeitura. “Recebi este resultado de forma serena. Agora, vamos desejar sorte aos nossos representantes, para que eles possam ajudar o Governo de Minas. Agradeço mais uma vez o povo de Juiz de Fora que sempre confiou no nosso trabalho e por nos dar a oportunidade de colocar em prática as realizações que fizemos ao longo dos mandatos”, destacou o ex-prefeito, uma vez mais lembrando os seis mandatos eletivos que exerceu e uma série de ações realizadas enquanto esteve à frente da Prefeitura de Juiz de Fora, entre 2013 e 2016. “Esta é uma oportunidade que o povo de Juiz de Fora me deu. Fico muito grato a isto.”

Fora das disputas em 2020

Bruno Siqueira descartou qualquer possibilidade de voltar a disputar um cargo eletivo em 2020, quando serão realizadas novas eleições municipais. O ex-prefeito deixou ainda em aberto a possibilidade de voltar a se colocar à disposição do eleitorado para cargos públicos. “A vida segue. Vamos continuar trabalhando e lutando pela nossa cidade, seja através de atividades privadas ou de atividades públicas, auxiliando os nossos amigos que estão na Administração. Sobre questões eleitorais, inclusive, ainda vou amadurecer se serei candidato novamente um dia ou não. Mas, daqui a dois anos, eu afirmo que não serei candidato a nenhum cargo eletivo”, afirmando. O emedebista ainda se colocou à disposição para colaborar com a atual gestão municipal chefiada pelo prefeito Antônio Almas (PSDB). “De alguma forma, até definir o que que farei em relação à minha vida pessoal, contribuir com ideias na Administração. Principalmente, para que a gente possa, através desta troca de ideias, contribuir para o Município.”

Antes de definir sobre seu futuro, o ex-prefeito deve se dedicar a um período sabático. “Não estou pensando em relação ao meu futuro pessoal. Realmente, estou refletindo se vou trabalhar em questões privadas ou, quem sabe, em questões públicas. Vou tirar um mês de reflexão. Quero contribuir de alguma forma. Talvez, de forma partidária. Talvez, na iniciativa privada. Adquiri muita experiência em gestão, principalmente pelos últimos cinco anos, mas também por minha formação como engenheiro e por ter feito pós-graduação em engenharia econômica. A gestão é uma área que eu gosto muito, seja pública ou privada. E neste contexto que quero seguir. Mas o momento é de calma e serenidade”, pontuou.