Servidores questionam terceirizações na Cesama

Servidores acompanharam audiência pública sobre a terceirização de algumas atividades realizadas pela empresa pública


Por Tribuna

05/12/2018 às 21h55

Servidores da companhia participaram da reunião na tarde desta quarta-feira (Foto: Marcelo Ribeiro)

Servidores da Cesama estiveram na Câmara na tarde desta terça-feira (5) para acompanhar audiência pública sobre a terceirização de algumas atividades realizadas pela empresa pública. Proponente do debate, o vereador Roberto Cupolillo (Betão, PT) considerou que as mudanças seriam reflexo da reforma trabalhista, aprovada no ano passado. Ao final, diversos vereadores se manifestaram sobre o tema e cobraram um maior diálogo entre os responsáveis pelas tomadas de decisão da Cesama e os servidores.

A situação também foi apontada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço de Água de Juiz de Fora (Sinágua), Ednaldo Ramos. “Funcionários de mais de 30 anos que ajudaram a companhia a crescer estão modificando as funções. A terceirização está sendo feita de forma bruta, sem conversa”, considerou. O sindicalista ainda apontou que, desde 2007, não ocorre a abertura de concurso para a contratação de funcionários.

PUBLICIDADE

Ainda segundo o Sinágua, há a previsão de que 26 funcionários terceirizados sejam contratados, com custo aproximado de R$ 1 milhão por ano. Por outro lado, o diretor-presidente da Cesama, André Borges, admitiu a terceirização de algumas atividades e lembrou que as mudanças passam por deliberação de um conselho de administração da empresa, em decisões que vão além da diretoria da empresa pública.

“É importante ressaltar que a Cesama, desde junho deste ano, obedece um estatuto que segue as regras para as empresas estatais, além de ter um conselho que participa das decisões da companhia. A política de terceirização que está ocorrendo é sem perda de nenhum emprego. E isto vai ser cumprido, sem dúvida nenhuma. Quando a gente desloca esses servidores, tem limite previsto por lei para que eles desempenhem outros cargos. Esses terceirizados vão atuar nessas áreas”, afirmou.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.