Datafolha: Bolsonaro sobe e vai a 32%; Haddad oscila para 21%

Levantamento sinaliza uma disputa de segundo turno entre os 2 candidatos


Por Renato Salles

02/10/2018 às 19h59- Atualizada 02/10/2018 às 20h18

Pesquisa Datafolha divulgada no início da noite desta terça-feira (2), confirmou o cenário de crescimento do deputado Jair Bolsonaro (PSL) na disputa pela Presidência da República, mesmo cenário apontado pelo Ibope nesta segunda-feira. De acordo com o levantamento, Bolsonaro tem agora 32% das intenções voto. Com relação ao levantamento divulgado pelo instituto na última sexta-feira, o parlamentar cresceu quatro pontos percentuais. Na segunda posição, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) oscilou negativamente entre um recorte e outro, quando passou de 22% para 21%. A variação do petista, no entanto, ocorre dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais e para menos. Assim como o Ibope, o Datafolha sinaliza uma disputa de segundo turno entre Bolsonaro e Haddad.

Com Bolsonaro e Haddad isolados, Ciro Gomes (PDT) segue puxando um pelotão intermediário e, numericamente, aparece na terceira posição com 11% — mesmo índice da pesquisa Datafolha divulgada no último dia 28. Na sequência, vem Geraldo Alckmin (PSDB), que oscilou negativamente dentro da margem de erro com relação ao desempenho apresentado na última sexta-feira, passando de 10% para 9%. Assim, Ciro e Alckmin estão tecnicamente empatados, considerando a margem de erro do levantamento.

PUBLICIDADE

Também como já havia sido mostrado pelo Ibope na segunda-feira, Marina Silva (Rede) mantém trajetória de queda nas pesquisas e chega a 4% — tinha 5% na última sexta. Assim, ela aparece tecnicamente empatada com os demais candidatos à Presidência. Segundo o Datafolha, João Amoêdo (Novo) tem 3% das intenções de voto; enquanto Henrique Meirelles (MDB), Alvaro Dias (Podemos) e Cabo Daciolo (Patriota) têm 2%. Guilherme Boulos (PSOL), João Goulart Filho (PPL), Eymael (DC) e Vera Lúcia (PSTU) não pontuaram. Entre os entrevistados, 8% manifestaram intenção de anular o voto ou votar em branco e 5% não souberam ou não responderam ao estudo.

Para o atual levantamento, o Datafolha entrevistou 3.240 eleitores de 225 municípios nesta terça-feira. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O estudo foi contratado pelo jornal “Folha de S. Paulo” e registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-03147/2018.

Segundo turno dá vantagem numérica a Bolsonaro

De acordo com o Datafolha, uma projeção de segundo turno entre Bolsonaro e Haddad dá vantagem numérica para o candidato do PSL, que teria 44% das intenções de votos contra 42% do petista. Considerando a margem de erro, no entanto, os dois aparecem empatados tecnicamente. Nas demais simulações, Bolsonaro empataria tecnicamente com Alckmin e Ciro, mas sempre em desvantagem numérica. Contra o tucano, o candidato do PSL tem 41% contra 43%; em um embate com Ciro, ele aparece com 42% contra 46%. Nas outras projeções, Ciro venceria Alckmin (42% contra 37%) e Haddad (46% contra 32%). Por fim, Alckmin venceria Haddad: 43% contra 36%.

Uma vez mais, como já havia mostrado o Ibope, as taxas de rejeição dos primeiros colocados na disputa se aproximaram. Segundo o Datafolha, no atual levantamento, 45% dos entrevistados disseram não votar de forma alguma em Bolsonaro e 41% rejeitaram Haddad. Na sequência, aparecem Marina (30%); Alckmin (24%), Ciro (22%), Meirelles (15%), Boulos (15%), Cabo Daciolo (14%), Alvaro Dias (13%), Vera (13%), Eymael (12%), Amoêdo (12%) e João Goulart Filho (11%). Três por cento afirmaram que não pretendem votar em nenhum dos nomes apresentados na disputa e 1% disseram não rejeitar nenhum dos candidatos. Por fim, 4% não souberam se posicionar.

O conteúdo continua após o anúncio

Tópicos: eleições 2018

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.