Secretário de Estado da Saúde discute abastecimento da rede hospitalar pública

Em reuniões com membros do Ministério da Saúde, secretário destaca urgência na reposição de medicamentos relacionados a intubação


Por Tribuna

13/04/2021 às 18h23

Em reunião virtual com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o secretário de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Fábio Baccheretti, ressaltou a urgência da reposição do estoque de medicamentos que fazem parte do kit de intubação para pacientes de UTI Covid. O encontro aconteceu na última segunda-feira (12), no qual o secretário solicitou atenção especial para o envio de sedativos e bloqueadores neuromusculares aos prestadores hospitalares de Minas Gerais.

De acordo com Fábio Baccheretti, há 59 prestadores em situação crítica, em volume de leitos e pacientes, mas com estoques reduzidos. “Recebemos uma remessa de bloqueadores neuromusculares do Ministério da Saúde, neste sábado (10), que já foi prontamente distribuída às unidades hospitalares que apresentavam menos de três dias de estoque. Entretanto, a situação é urgente”, afirmou o secretário.

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O ministro Queiroga teria reafirmado o compromisso com Minas Gerais, ressaltando a importação de medicamentos realizada via Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). De acordo com ele, a previsão de chegada é para as próximas três semanas, com intuito de constituir um estoque regulador de medicamentos para intubação de pacientes com Covid-19.

O encontro contou, também, com a participação do secretário de Estado Adjunto de Saúde, André Luiz Moreira dos Anjos, e do deputado federal Newton Cardoso Junior.

Abastecimento emergencial

Ainda na última segunda (12), o secretário Fábio Baccheretti encontrou presencialmente com o secretário de Atenção Especializada à Saúde (Saes), do Ministério da Saúde (MS), Sérgio Okane, e com o diretor de Programas do MS, Luiz Otávio Franco Duarte. O grupo debateu estratégias de abastecimento emergencial da rede hospitalar do estado, com atenção especial ao setor público.

Três frentes foram estabelecidas para lidar com a problemática. A primeira delas consiste no estreitamento da interlocução direta entre a SES-MG e a indústria farmacêutica. Uma ação foi feita por parte do MS, na qual Sérgio Okane e Luiz Otávio Franco Duarte visitaram fornecedores para discutir sobre entregas em curtíssimo prazo.

Outra frente foi a atuação de conselhos regionais de saúde como interface entre a rede pública e privada, levando em consideração que as redes privadas podem estar melhor abastecidas de sedativos e bloqueadores do que as redes públicas, existindo assim a possibilidade de uma ação solidária imediata. De acordo com Duarte, “não existe mais paciente público ou privado. Existem pacientes e todos precisam ser socorridos. Trata-se de salvar vidas”.

Com essa afirmação, ficou estabelecido o terceiro ponto, que trata-se de ações para refinar o monitoramento de estoques de medicamentos na rede hospitalar. A intenção é de que, com este conjunto de ações, o abastecimento seja reequilibrado, e os estoques possam ser repostos em prazo médio de sete dias, resultando em alívio no estresse assistencial.

Outras pautas

Na reunião também foram discutidos envio de vacinas, abastecimento de gases medicinais e financiamento de leitos. Baccheretti reforçou ao Ministério da Saúde a importância de monitorar o abastecimento de gases medicinais nas redes pública e privada, que devem informar regularmente à secretaria seus volumes em estoque. A medida visa a prevenir o desabastecimento de insumos estratégicos.

O financiamento da qualificação da rede de gases medicinais, por meio da substituição de cilindros por tanques ou usinas de oxigênio, na rede pública de saúde, foi apontado pelo secretário de Minas como alternativa, “para que possamos sair da dependência logística de cilindros, já que o estado é grande e a logística, complexa”.

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Envio de vacinas

O secretário Fábio Bacheretti ainda reforçou a necessidade do envio de um maior número de vacinas emergenciais, “para ampliar a contenção da propagação do vírus em nosso estado”, pontuou.

O ministro da Saúde informou que, até o final do mês de abril, é possível que cheguem mais vacinas contra a Covid-19 ao país. “O mercado de vacina mundial é escasso, e a situação é delicada. Embora estejamos recebendo um quantitativo menor do que precisamos, estamos trabalhando fortemente na aquisição de mais doses”, assegurou Marcelo Queiroga.

Tópicos: coronavírus

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