Venda ambulante de alimentos passa a ser serviço essencial

Em coletiva, Governo estima, ainda, que até 2.500 pessoas devem ser internadas em Minas, neste mês de julho


Por Marcos Araújo

02/07/2020 às 17h16- Atualizada 02/07/2020 às 21h02

A venda ambulante de alimentos integrou a lista de serviços considerados essenciais pelo Governo de Minas. O anúncio foi realizado, nesta quinta-feira (2), pelo secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio. “Pipoqueiro, cachorro-quente, food truck, tudo isso está agora na onda verde, sendo considerados como segmentos essenciais”, afirmou Passalio. Conforme ele, esses serviços poderão funcionar desde que sigam os mesmos protocolos aplicáveis a restaurantes, padarias e bares, que não podem vender produtos para consumo no local.

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Durante entrevista coletiva virtual pelas redes sociais oficiais do Governo, também foi divulgada a estimativa de que duas mil e quinhentas pessoas devem precisar de internação, ao longo deste mês, em Minas Gerais. A previsão da Secretaria de Estado de Saúde é de que o pico da pandemia de coronavírus seja no próximo dia 15. A divulgação foi feita pelo secretário da pasta, Carlos Eduardo Amaral.

O secretário ressaltou que essas projeções devem estar próximas da realidade, mas não detalhou acerca da divisão dessas internações entre leitos de terapia intensiva e de enfermaria. “De uma forma geral, focamos mais na necessidade de demanda de leito para as projeções do que nos casos confirmados, porque aqueles que não necessitam de internação têm menos impacto no dia a dia da prestação de saúde”, explicou, acrescentando que conta com o isolamento social para que os números não ultrapassem essa estimativa.

Amaral ainda explicou sobre o Escritório de Leitos, que foi anunciado na última semana. Segundo ele, essa medida visa a estabelecer uma aproximação com gestores hospitalares e municipais e garantir a precisão dos dados referentes à ocupação das vagas de internação. Esse acompanhamento mais próximo, conforme ele, vai permitir que o Governo tenha uma visão mais direcionada sobre a necessidade de abertura de leitos e da gestão adequada de recursos.

Comitê mantém suspensão da onda amarela

Com a aproximação do pico da pandemia do coronavírus, o Comitê Extraordinário Covid-19 decidiu, durante reunião na quarta-feira, manter a suspensão da onda amarela do plano Minas Consciente, criado para promover a retomada econômica gradual e coordenada nas cidades mineiras, como informou a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico. Papelarias, salões de beleza, lojas de roupas, entre outros estabelecimentos, deverão permanecer fechados temporariamente para assegurar a saúde da população.

As macrorregiões Leste do Sul, Norte e Sul, que apresentam taxa de ocupação de leitos controlada, até o momento, continuarão seguindo os protocolos da onda branca por mais uma semana, com funcionamento de atividades, como autoescolas, lojas de artigos esportivos e floriculturas. As outras onze regiões do estado serão mantidas na onda verde, quando é permitida a abertura somente de serviços essenciais, a exemplo de padarias, supermercados e farmácias. Algumas das orientações são que os estabelecimentos tenham meios para higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%. Eles também devem fornecer Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados para a atividade exercida e providenciar barreira de proteção física quando os funcionários estiverem em contato com o cliente.

As macrorregiões de Saúde Sudeste, na qual se insere Juiz de Fora, Centro-Sul, Centro, Noroeste, Nordeste, Jequitinhonha, Leste, Vale do Aço, Sudeste, Oeste, Triângulo do Sul e Triângulo do Norte não apresentaram índices favoráveis para a retomada de novos setores econômicos. A relação entre o número de leitos e a incidência de novos casos, além do tempo médio para internação após solicitação, não permitem uma folga confiável se a demanda crescer em decorrência da reabertura de novos estabelecimentos. A orientação é que os municípios dessas regiões continuem seguindo os protocolos previstos na onda verde, para preservar a saúde da população e a capacidade de atendimento do sistema de saúde local.

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Tópicos: coronavírus

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