‘Máquinas mortais’ estreia no Brasil após fracassar nos Estados Unidos

Adaptação da série literária de Philip Reeve mostra um futuro em que cidades predadoras sobre rodas devoram povoados menores para sobreviver


Por Júlio Black

11/01/2019 às 20h20- Atualizada 11/01/2019 às 21h18

Reerguida sobre gigantescas rodas, Londres é a maior das cidades predadoras de ‘Máquinas mortais’

Futuros pós-apocalípticos em cenários áridos, envolvendo disputa de escassos recursos entre grupos tribais, com toda uma nova série de crenças, costumes e ação alucinada, com máquinas delirantes, podem até ser clichês cinematográficos, mas funcionam muito bem quando os envolvidos sabem o que estão fazendo. Basta ver a série “Mad Max”, em especial no último longa “Estrada para a fúria”.

Quando existem apenas as boas intenções, porém, o resultado é “Máquinas mortais”, que estreou no Brasil na última quinta-feira (10) depois do fracasso de público e crítica nos Estados Unidos e outros países, onde estreou em dezembro. De acordo com o Box Office Mojo, a produção do Universal Studios, orçada em US$ 100 milhões, faturou apenas US$ 69 milhões até a última quarta-feira, com ridículos US$ 15 milhões nos EUA em quase um mês de exibição – sendo US$ 7,5 milhões no final de semana de estreia.
Com produção de Peter Jackson (das trilogias “O Senhor dos Anéis” e “O Hobbit”), o longa tem direção do estreante Christian Rivers e aposta no visual steampunk (maquinário movido a vapor, com aspecto envelhecido, vestuário absurdo etc.) para adaptar a série de livros de Philip Reeve, que se passa num futuro distante, em que o planeta e a humanidade quase foram para o saco depois da Guerra dos 60 Minutos. Os humanos sobreviventes se dividem em duas facções: uma construiu gigantescas cidades sobre rodas (!), as Cidades-Tração, que lutam entre si no que era a Grã-Bretanha e Europa continental para absorver as cidades menores. Outro grupo, o Anti-Tração, se estabeleceu em cidades fixas na Ásia e se protege das cidades “predadoras” graças a uma imensa muralha.

PUBLICIDADE

É nesse cenário que Tom Natsworthy (Robert Sheehan) conhece Hester Shaw (Hera Hilmar), que chegou à maior das Cidades-Tração, Londres, com o objetivo de matar o homem que matou sua mãe, Thaddeus Valentine (Hugo Weaving). O plano não dá certo, os dois são “despejados” da cidade e aí Tom terá que ajudar a jovem a impedir os planos de Valentine, que está em busca de uma arma que seria capaz de destruir instantaneamente outras cidades e permitir a Londres saquear todos os povoados Anti-Tração da Ásia, garantindo recursos quase infinitos.

MÁQUINAS MORTAIS

UCI 3 (3D/leg): 22h30. UCI 5 (dub): 16h45 (exceto dom), 17h30 (dom), 22h (exceto dom), 22h30 (dom). Cinemais Alameda 3 (dub): 18h30. Cinemais Alameda 4 (3D/dub): 21h20. Cinemais Jardim Norte 1 (dub): 15h30, 21h. Cinemais Jardim Norte 4 (3D/dub): 21h40. Santa Cruz 1 (dub): 16h, 18h30, 21h.

Classificação: 14 anos

O conteúdo continua após o anúncio

Tópicos: cinema

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.