Polícia Civil vai investigar padrasto que filmava enteada no chuveiro

A vítima descobriu um celular escondido no forro do banheiro, que a gravava durante o banho


Por Marcos Araújo

25/01/2021 às 16h45

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, investiga o caso de uma adolescente, de 16 anos, que era filmada pelo padrasto, enquanto tomava banho. O caso foi registrado no Bairro Francisco Bernardino, na Zona Norte, e veio à tona depois que a vítima descobriu que o suspeito, 45, tirou um pedaço do forro do banheiro, onde colocava o celular para gravar a jovem, durante o banho. A ocorrência, qualificada como importunação sexual, foi denunciada à polícia pelo pai da adolescente.

De acordo com o boletim registrado sobre o caso, o pai da vítima contou que, há cerca de dez anos, está separado da mãe de sua filha e que, depois disso, a menina optou por morar com a mãe, que se casou novamente com o suspeito. Segundo ele, no último dia 18, desconfiada do comportamento do padrasto, a adolescente observou um objeto estranho no forro do banheiro, e, ao verificar, constatou que se tratava do celular do suspeito. O aparelho estava posicionado de forma a filmar o banho da vítima.

PUBLICIDADE

A moça pegou o celular e transferiu os vídeos que havia no interior do aparelho e chamou sua mãe, relatando o ocorrido. Indagado sobre onde estaria o seu celular, o padrasto aparentou nervosismo e afirmou que o aparelho se encontrava no seu automóvel. Quando lhe foi mostrado o celular, o homem teria confessado que já vinha realizando esse crime, aproximadamente, há 15 dias.

Segundo a delegada Ione Barbosa, que está à frente da investigação, o suspeito pode responder por importunação sexual. “A conduta dele é um ato libidinoso para que ele satisfaça o próprio desejo. Nesse caso, por exemplo, ele colocou um celular gravando a enteada em situação de banho, completamente nua, o que se encaixa, perfeitamente, na questão da importunação sexual”, afirmou a delegada, acrescentando que ao ato do suspeito cabe pena passível de um a cinco anos de prisão.

Tópicos: polícia

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.