Suspeito de receber três doses de vacina contra a Covid-19 é indiciado por estelionato

Homem de 35 anos teria recebido dois imunizantes em JF e outro em Chácara. Pena pode chegar a cinco anos de reclusão


Por Michele Meireles

22/09/2021 às 11h57- Atualizada 22/09/2021 às 12h54

Titular da 4ª Delegacia, Ione Barbosa deu detalhes sobre a investigação (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil de Minas indiciou por estelionato um homem, de 35 anos, suspeito de ter recebido três doses de vacinas contra o coronavírus. Até o momento, apenas idosos acima de 70 anos podem receber três doses, sendo a terceira considerada dose de reforço. Conforme a polícia, o suspeito teria recebido duas aplicações do imunizante Coronavac em Juiz de Fora e uma dose da vacina da Pfizer no município de Chácara. Ele pode ser condenado a até cinco anos de prisão.

Segundo a delegada Ione Barbosa, titular da 4ª Delegacia, a Polícia Civil abriu investigação após requisição do Ministério Público para apurar representação da Secretaria de Saúde do município de Chácara, localizado a cerca de 22 quilômetros de Juiz de Fora. A delegada informou que ouviu testemunhas que tomaram conhecimento dos fatos e o suspeito, concluindo a apuração.

PUBLICIDADE

“Nesse tipo de conduta há obtenção de vantagem ilícita, pois a vacina é rara, cara e de propriedade do Poder Público, que adquiriu com a finalidade de imunizar a população, seguindo o Programa Nacional de Imunização”, explicou.

Ione Barbosa destacou que a configuração do crime de estelionato ocorreu no momento em que a pessoa – mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento – burlou o sistema de vacinação e tomou a terceira dose da vacina contra a Covid- 19. Ainda segundo a delegada, a pena prevista para o crime é de reclusão de um a cinco anos, acrescida de um terço do tempo – por ser praticada contra o Poder Público -, além de multa.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.