Caso de idoso morto passa a ser investigado como latrocínio

Inquérito instaurado pela Delegacia de Homicídios será repassado para a Especializada de Repressão a Roubos


Por Sandra Zanella

21/11/2018 às 17h46

A Polícia Civil já trabalha com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) no caso de Sebastião de Oliveira, 80 anos, encontrado sem vida por familiares dentro de casa, na noite do último dia 5, no Bairro Bela Aurora, na Zona Sul de Juiz de Fora. De acordo com a assessoria da instituição, o inquérito instaurado pela Delegacia de Homicídios no dia 12 será repassado à Especializada de Repressão a Roubos. O titular desta delegacia, Márcio Savino, informou nesta quarta-feira (21), no entanto, ainda não ter recebido o procedimento.

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Segundo a assessoria, a mudança acontece porque “surgiu a tese, segundo a investigação, de que houve um latrocínio, crime contra o patrimônio com resultado morte”. Na semana passada, o delegado de Homicídios que estava à frente do caso, Armando Avolio Neto, já havia adiantado ter chegado a uma linha de apuração “bem definida”, após as primeiras diligências e depoimentos iniciais. Entretanto, ele não revelou detalhes.

A ocorrência havia sido registrada como encontro de cadáver pela Polícia Militar, mas, desde o início, a família da vítima acreditava se tratar de morte violenta motivada por roubo. Sebastião apresentava lesões perfurocortantes no tórax e um corte contuso na cabeça, tendo o atestado de óbito apontado também politraumatismo como causa do falecimento do aposentado. Familiares deram falta de todo o dinheiro, celular e aliança de ouro pertencentes ao idoso.

Ainda são aguardados os laudos de necropsia da vítima e do levantamento do local do crime realizado pela perícia no imóvel da Rua Pedro Castegliani. O fio do telefone estava cortado, e a chave da cozinha estava na fechadura pelo lado de fora. A janela também teria sido forçada, e havia marcas de barro no sofá embaixo. Para uma filha do idoso, 45, a agilidade na investigação é essencial para esclarecer os fatos e levar um pouco de tranquilidade aos parentes, que ainda desconhecem o que de fato aconteceu com Sebastião. “Estou abalada. Com os dias sofremos mais sem saber”, desabafou.

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Tópicos: homicídio / polícia

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