Crianças devem permanecer alguns minutos em observação nas UBSs, sugere Saúde

Orientação é de praxe no início da vacinação com uma nova fórmula, segundo a Secretária de Saúde, Ana Pimentel


Por Renan Ribeiro

21/01/2022 às 07h36

No primeiro dia oficial de vacinação de crianças de 5 a 11 anos, nesta quinta-feira (20), a secretária de Saúde, Ana Pimentel, concedeu uma entrevista à Rádio TransAmérica, reafirmou a importância de vacinar as crianças e detalhou as diferenças entre a vacinação infantil e a adulta. Segundo a titular da pasta, além da fórmula e da dosagem do imunizante produzido pela Pfizer, há também um protocolo diferente na aplicação. A orientação é a de que as crianças permaneçam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) por alguns minutos em acompanhamento após a aplicação da vacina.

De acordo com a secretária, a medida é de praxe e também foi indicada no início da vacinação de adultos. “Essa não é uma orientação nova. Conforme a campanha dos adultos teve seguimento, essa orientação caiu. Na vacinação nova, com imunizantes novos, essa orientação é importante ser seguida. Na prática, acompanhamos as crianças por poucos minutos.”

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Ana Pimentel destaca que cada unidade, entre as dez destacadas para a imunização de crianças, tem uma realidade estrutural diferente. Em algumas, a espera ocorre ao ar livre, do lado de fora da edificação. Em outras, com uma estrutura melhor, esse acompanhamento ocorre dentro das UBSs. Essa ordenação é diversificada, conforme a organização de cada ponto de vacinação.

Na última fase de vacinação, a secretária reafirmou que há duas dimensões importantes que precisam ser consideradas. A primeira é que as vacinas fazem parte do cotidiano e da trajetória de vida das crianças. O Sistema Único de Saúde conhece essa rotina e já está habituada com os procedimentos. “Por outro lado, a vacinação das crianças coloca um desafio de cuidado. Demos início hoje à nossa estratégia, de diversificar em 11 postos de vacinação, que são 10 UBS e mais o Espaço Cidade. Estamos fazendo dessa maneira para contemplar as diversas regiões da cidade”.

Ainda segundo Ana Pimentel, as crianças têm muitas vacinas em seus corpos e não há motivo para alerta ou alarde, porque o imunizante é seguro. Além disso, foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso da Coronavac para crianças de até 6 anos. “O tipo de tecnologia usado pela Coronavac é o mesmo da maioria da maioria das vacinas que as crianças mais novas recebem. Caso seja aprovada a vacina, será essencial, porque tudo o que a gente quer é conseguir vacinar rapidamente as crianças.”

Durante a entrevista, a secretária ainda reafirmou que mais leitos de internação para a Covid-19 serão liberados entre este fim de semana e o início da próxima. A medida, segundo ela, é para resguardar a rede. “Estamos em uma fase completamente diferente do ano passado. O que as pessoas estão precisando é de cuidados clínicos. A taxa de conversão, ou seja, a necessidade de hospitalização está abaixo de 1%. Do total de pessoas que busca atendimento, menos de 1% precisa de hospitalização. Em grande parte das vezes, são sintomas leves e somente a necessidade de atendimento clínico”.

Sobre as testagens, Ana Pimentel disse que as orientações vigentes são as que estão relacionadas pela medicina diagnóstica. “Há uma situação de desabastecimento interno que ocorre em todo o país, por isso, os testes são direcionados aos casos mais graves e também aos trabalhadores que garantem os serviços de saúde, o que inclui funcionários da limpeza e do transporte. A conduta clínica sofreu alteração. No atual protocolo, o acompanhamento de pessoas com síndrome gripal é de permanência em isolamento por sete dias. Não mudou, no entanto, nem a conduta clínica de cuidados, nem as orientações médicas e de organização da gestão.”

A expectativa da secretária, acompanhando as dinâmicas da pandemia no mundo, é de abrandamento nos números de casos nas próximas semanas.

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Tópicos: coronavírus / vacina

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