Servidores estaduais voltam a se manifestar contra parcelamento e atraso de salários

Categoria está paralisada no que chama de movimento “não pagou, parou”. Secretaria Estadual da Fazenda culpa queda na arrecadação devido ao movimento de paralisação nacional dos caminhoneiros.


Por Tribuna

15/06/2018 às 10h14- Atualizada 30/08/2018 às 17h42

Foto: Pedro Capetti

Servidores estaduais em Juiz de Fora realizaram uma manifestação, na manhã desta sexta-feira (15), contra o parcelamento e o atraso do pagamento dos salários por parte do Governo do Estado. A mobilização aconteceu na esquina da Avenida Barão do Rio Branco com a Rua Dr. Romualdo, na altura do Bairro São Mateus, e teve adesão do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), subsede Juiz de Fora.

De acordo com Sind-UTE/MG, a manifestação foi organizada em virtude da falta de pagamento da primeira parcela dos salários, previsto para esta quarta-feira. Desde a última segunda, a categoria está paralisada, no que chama de movimento “não pagou, parou”. Segundo a diretora de comunicação da subsede do Sind-UTE, Yara Aquino, o estado alega que o atraso ocorre em virtude da greve dos caminhoneiros. “O governo já não está sendo capaz de dar informações sobre a data de pagamento. Eles alegam que é por culpa dos caminhoneiros, mas os únicos que não receberam foram os funcionários da educação.”

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Conforme o sindicato, não há um levantamento sobre o número de escolas cujas aulas foram suspensas nesta sexta. “Temos recebido relatos de escolas 100% paradas, inclusive na região. Outras estão começando a aderir agora, esperavam receber na data certa, o que não está acontecendo”, afirma Yara.

Outro ato está previsto para esta sexta-feira, no Bairro Barbosa Lage, onde um grupo de professores se organiza para reivindicar a quitação salarial. Segundo o Sind-Ute, não há perspectivas de pagamento salarial nos próximos dias.

A Tribuna entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação e aguarda um posicionamento. Em nota enviada na quinta-feira, a Secretaria Estadual da Fazenda afirmou que, devido ao reflexo do movimento de paralisação nacional dos caminhoneiros, a arrecadação tributária do estado sofreu redução de R$ 340 milhões em relação à expectativa para os primeiros 11 dias de junho, não sendo possível depositar a primeira parcela do salário da totalidade dos servidores do Executivo. “Os depósitos continuarão sendo feitos à medida que o fluxo de caixa for se normalizando. As datas de pagamento da segunda e da terceira parcelas permanecem inalteradas”, informou.

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Tópicos: crise fiscal

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