Juiz de Fora tem a maior taxa de transmissão da Covid-19 desde setembro

Análise feita por pesquisadores da UFJF aponta que índice de propagação da doença está 1,56


Por Tribuna

14/11/2020 às 07h00

Informe elaborado por estudantes e professores do curso de estatística da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) apontou que o potencial de propagação da Covid-19 em Juiz de Fora, nesta semana, apresentou o maior índice desde setembro. Segundo a análise, o Número de Reprodução Efetivo (Rt), que indica a taxa de transmissão da doença estimada para a cidade apresentou variação de 0,68 (valor mínimo) para 1,56 (valor máximo) entre 26 de outubro e 9 de novembro.

Conforme os pesquisadores, esse é um dos indicadores importantes para avaliar a evolução do doença. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para considerar a pandemia sob controle, é necessário que o Rt se mantenha abaixo de 1 por, pelo menos, duas semanas. Quando o índice está acima de 1, significa que doença ainda está se disseminando, e que uma pessoa infectada transmite a doença para, pelo menos, outra pessoa.

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Dessa forma, Juiz de Fora ainda não atende aos critérios de controle da pandemia. Segundo o documento, até a última segunda-feira (9), o número total de casos apresentava um aumento de 7,9% em comparação às duas semanas anteriores. Já em relação ao número de óbitos, o aumento foi de 6,3% no mesmo período. Os pesquisadores orientam que os cuidados essenciais e o isolamento social continuem para a prevenção à doença.

Isolamento

Ainda segundo o informe, com base no mapeamento do Google Mobility, continua alta a ida de pessoas a farmácias e locais de venda de alimentos. Quando analisados os dados de movimentação em parques e locais de lazer, o informe avalia que houve uma redução de 20%, em comparação ao período anterior à pandemia – esse número era de 17% em 23 de outubro.

A análise demonstra que Juiz de Fora teve uma redução no isolamento social. Os dados levantados consideraram como indicadores a permanência em casa; idas a locais de trabalho; idas à farmácias e pontos de vendas de alimentos; estabelecimentos de varejos e recreação.

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Tópicos: coronavírus

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