JF registra dia com maior número de internações por coronavírus

Conforme painel da PJF, 214 pessoas estão internadas em decorrência do coronavírus nesta sexta; mais 122 novos casos e uma morte são contabilizados


Por Carolina Leonel

13/11/2020 às 19h02- Atualizada 14/11/2020 às 16h05

Nesta sexta-feira, Juiz de Fora registrou o maior número de pessoas internadas em decorrência do coronavírus em um único dia desde março. Informações disponibilizadas pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio do painel gerencial de dados da Covid-19, mostravam que, até as 18h30, 214 pessoas estavam internadas em ‘leitos Covid’, quando há suspeita ou confirmação da doença. Deste total, 77 pessoas ocupavam leitos de UTI e 137 estavam sendo atendidas em enfermarias. Até então, a cidade havia tido seu ápice de hospitalizações, com 211 pessoas internadas, em 23 de setembro.

Além disso, após dois dias sem contabilizar mortes em decorrência da Covid-19, a PJF confirmou, nesta sexta-feira (13), o falecimento de um homem de 61 anos, vítima da doença. Ele morreu na quinta (12), e, segundo o boletim epidemiológico, ele não teria histórico de doenças prévias. Com a atualização, a cidade já contabiliza 275 vítimas fatais do coronavírus.

PUBLICIDADE

LEIA MAIS:

O levantamento desta sexta apontou que 122 novos casos da Covid-19 foram atestados em 24 horas. Este é o quarto dia na mesma semana em que a cidade confirma mais de cem novos casos. Até o momento, 7.957 pessoas já tiveram diagnóstico positivo para a doença no município. Em relação às notificações de síndrome gripal, consideradas suspeitas para a doença, foram 206 novos registros em relação a esta quinta. No total, Juiz de Fora já contabilizou 27.563 casos suspeitos.

Em relação ao número de pessoas recuperadas, a Secretaria de Saúde informou que, até a última terça, dos 7.538 casos confirmados, 6.973, cerca de 92,5%, eram considerados restabelecidos. Eles apresentaram resultado de exame positivo para Covid-19 e venceram os 14 dias de isolamento sem nenhuma intercorrência.

Todos os dados são referentes a moradores de Juiz de Fora. O balanço é disponibilizado pela Prefeitura no site covid19.pjf.mg.gov.br, criado para divulgar informações sobre o coronavírus.

Até as 18h30, a taxa de ocupação dos leitos da cidade era de 78,45%. Em recorte que considerava apenas o equipamentos intensivos do SUS, o índice subia para 78,69%. Até o mesmo horário, a taxa de ocupação em leitos de enfermaria era de 67,06%.

Também nesta sexta, a PJF confirmou o aumento no número de leitos na cidade. Oito novas unidades seriam incorporadas ainda nesta sexta. Outros 14 novos leitos intensivos serão criados na rede pública na próxima semana.

Hospitais privados também registram aumento na taxa de ocupação

Desde o início de novembro, a Tribuna vem mostrando o aumento no número de internações e na taxa de ocupação de leitos de cuidados intensivos nos hospitais da cidade. Nesta quinta, cinco hospitais da rede pública atingiram 100% da taxa de ocupação de leitos UTI. Apesar de até o início da noite desta sexta apenas uma unidade continuar com este índice, a ocupação continuava alta em todas as unidades.

Além dos hospitais públicos, as instituições da rede suplementar também têm apresentado um número alto de pessoas internadas em UTIs. Nesta sexta, no Albert Sabin, todos os 23 leitos intensivos estavam ocupados, sendo que 12 eram por pacientes com suspeita ou diagnóstico da doença. Segundo o hospital, a unidade está trabalhando em planos de contingência para implementar novos leitos. Ainda conforme o Sabin, os leitos intensivos são destinados a pacientes com diferentes enfermidades, de acordo com a demanda.

No Monte Sinai, 11 dos 16 leitos de UTI destinados a pacientes Covid estavam ocupados na tarde desta sexta. No total, o hospital tinha 27 dos seus 46 equipamentos UTI ocupados. Segundo a assessoria, esses números se movimentam conforme altas e admissões ao longo do dia. A taxa de ocupação no Monte Sinai era de cerca de 58%.

Também nesta sexta, o Hospital da Unimed Juiz de Fora tinha 12 dos seus 16 leitos de UTI ocupados. Seis deles eram com pacientes com diagnóstico da Covid-19. A taxa de ocupação na unidade era de cerca de 85%. Conforme a assessoria, a unidade pode disponibilizar até dez equipamentos para “pacientes não Covid” e seis para “Covid”, podendo ampliar mais quatro leitos “não Covid”.

O conteúdo continua após o anúncio

Na Santa Casa de Misericórdia, que também tem leitos UTI destinados à rede suplementar, o índice de ocupação era de 83,64%. O hospital tinha 15 pacientes com suspeita ou confirmação de coronavírus internados em estado grave. No total, 46 equipamentos intensivos estavam ocupados na unidade.

Parceria entre Prefeitura e UFJF já viabilizou quase 8 mil testes

Conforme dados divulgados pela Secretaria de Saúde, a parceria entre a Prefeitura e os laboratórios da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) já viabilizou 7.822 exames para diagnóstico da Covid-19 desde abril. Deste total, 2.160 foram positivos – 27,6%.

Na última semana, entre 5 de outubro e 12 de novembro, 308 testes foram processados pelos laboratórios do Instituto de Ciências Biológicas e da Faculdade de Farmácia. Não há custos para os pacientes.

Conforme a PJF, o exame é direcionado aos profissionais de saúde sintomáticos, entre o terceiro e o décimo dia de indícios da doença; aos pacientes internados em “leitos covid”, pactuados com o Município, e aos atendidos na atenção básica, em situação de vulnerabilidade. Estão nesta condição pessoas acima de 65 anos, cuidadores de idosos, diabéticos, hipertensos descompensados e obesos.

Também são contemplados servidores sintomáticos da segurança pública, do Departamento Municipal de Limpeza Pública (Demlurb), da Companhia de Saneamento Municipal (Cesama), dos centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Especializado de Assistência Social (Creas) e dos demais serviços de assistência social que prestam atendimento direto à população.

Tópicos: coronavírus

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.