Idosa perde R$ 32 mil em golpe do “falso funcionário” em Juiz de Fora
Mulher acreditou que falava com funcionário do banco do qual é cliente e, depois de ser enganada, forneceu todos os dados ao criminoso
Uma pedagoga, de 75 anos, ao acreditar que falava com o funcionário do banco do qual ela é cliente, foi vítima de estelionato e perdeu R$ 32 mil. O caso foi registrado pela Polícia Militar, nesta sexta-feira (13).
A vítima, que moradora da região central de Juiz de Fora, relatou aos policiais que recebeu uma ligação no seu telefônico fixo, por volta das 11h30, de uma pessoa que se identificou como funcionário do seu banco, informando que compras estavam sendo realizadas com o cartão de crédito da vítima. Ela foi orientada pelo suposto funcionário a ligar para o número que consta no verso do cartão, a fim saber sobre tais compras.
A idosa, acreditando que seu cartão estava clonado, desligou o telefone e discou o número orientado. Todavia, segundo a vítima, o suposto funcionário do banco não teria desligado a comunicação, permanecendo a linha presa.
Assim, a pedagoga acreditando que tinha realizado uma nova ligação passou todas as informações que lhe foram pedidas. Inclusive, ela teve que escrever uma carta de próprio punho com sua assinatura e entregar a um motoboy que foi enviado à sua residência para buscar a carta e o cartão dela.
Após o ocorrido, ela ligou para o filho, que a alertou que a situação se tratava de um golpe. A mulher ligou para o banco, para bloquear sua conta e cartão, mas já era tarde, porque os golpistas já tinham realizado saques e compras no valor de R$ 32 mil. Ela registrou o crime, a fim de buscar providências futuras.
Bancos não mandam funcionários a casa de clientes
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta, no seu site, que 70% das fraudes estão vinculadas à engenharia social, quando o cliente é induzido a informar os seus códigos e senhas para os estelionatários.
Um exemplo dessa prática acontece quando o criminoso liga para a casa do cliente, diz ser do banco e pede para confirmar algumas informações, como dados pessoais e senhas. Ao fornecer informações pessoais e sigilosas, como a senha, o consumidor expõe sua conta bancária e seu patrimônio aos golpistas.
Há também casos em que o fraudador se apresenta como um “funcionário do banco” e pede para o cliente realizar uma transferência como um teste.
A Febraban adverte que os bancos nunca ligam para clientes para realizar transações e que, durante o período de quarentena, as instituições financeiras chegaram a registrar aumento de mais de 80% nas tentativas de ataques de phishing – que se inicia por meio de recebimento de e-mails que carregam vírus ou links e que direcionam o usuário a sites falsos.
A federação ainda orienta que o banco nunca vai mandar alguém para a casa do cliente para retirar o cartão e que, ao receber uma ligação dizendo que o cartão foi clonado, o cliente deve desligar, pegar o número de telefone que está no cartão e ligar de outro telefone para conferir a veracidade da informação. No caso de SMS ou e-mail do banco com um link, é preciso apagar e ligar para o seu gerente.
Ainda segundo a federação, as instituições bancárias investem R$ 2 bilhões por ano em segurança da informação para garantir tranquilidade e segurança a seus clientes e colaboradores e desenvolvem os mais modernos sistemas, tecnologias e ferramentas destinados a assegurar a autenticidade de transações e operações financeiras.
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