Adolescente é apreendido por agredir e manter companheira em cárcere privado
Mesmo com filho de 2 meses, suspeito estaria agredindo a companheira, inclusive a pauladas; polícia pediu acautelamento de infrator
Um adolescente de 17 anos, suspeito de manter a companheira, 32, em cárcere privado e de praticar violência doméstica contra ela, foi preso durante ação conjunta desencadeada pelas polícias Civil e Militar, na terça-feira (2), no Bairro Retiro, região Sudeste de Juiz de Fora. De acordo com a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e responsável pelas investigações, Ione Barbosa, o casal tem um filho de 2 meses e, mesmo assim, o jovem estaria agredindo a mulher com frequência, inclusive a pauladas, além de obrigá-la a ficar em casa, sob ameaças de matá-la e de fazer mal aos familiares e aos outros filhos dela.
“Foi um caso muito atípico. Pela manhã, ela conseguiu sair de casa escondida e pediu ajuda na delegacia. Requeri a medida protetiva, mas ela disse que não poderia voltar, porque senão ele a mataria. Então chamei a equipe e o reforço da PM para fazermos uma ação conjunta. Mas ele me desacatou, e também a outros policiais. Dei voz de apreensão em flagrante, o rapaz resistiu, ficou mais nervoso e até cuspiu no rosto de uma investigadora. Também chutou e danificou uma viatura”, contou Ione.
Segundo a delegada, o adolescente vai responder pelos atos infracionais análogos a cárcere privado, lesão corporal e ameaça contra a vítima, além de resistência à prisão, desacato e ameaça aos policiais e dano ao patrimônio público. “Já falei com o Ministério Público e pedi a internação dele (no Centro Socioeducativo), porque realmente ela corre perigo de vida. É uma das ocorrências mais graves que já vi em todos esses anos de polícia.”
Ainda conforme Ione, o Conselho Tutelar acompanhou a ocorrência em relação ao bebê, que, inicialmente, continuou sob a guarda da mãe. O casal estava junto há cerca de um ano, mas o relacionamento teria sido marcado por muita violência. De acordo com a delegada, o adolescente já tinha anotações por atos infracionais como ameaça, agressão e tráfico de drogas.
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