Arquidiocese de JF suspende celebrações presenciais nas igrejas católicas

Fiéis não poderão participar de forma presencial de missas e outras atividades na região, inicialmente, até 15 de dezembro


Por Renan Ribeiro

01/12/2020 às 15h30- Atualizada 02/12/2020 às 10h07

Em nota publicada nessa segunda-feira (1º de dezembro) e assinada pelo arcebispo metropolitano dom Gil Antônio Moreira, a Arquidiocese suspendeu a participação presencial de fiéis em celebrações religiosas. A suspensão vale, inicialmente, até o dia 15 de dezembro. De acordo com dom Gil, a decisão se dá no contexto de regressão do município à onda amarela do programa Minas Consciente e de aumento no número de casos e mortes em decorrência da Covid-19. As missas, entretanto, devem continuar sendo transmitidas por meios eletrônicos, conforme a organização de cada paróquia, conforme pontuou o arcebispo.

No comunicado, o Dom Gil destacou também que as medidas estão em sintonia com as diretrizes das autoridades sanitárias do país, do estado e do município. Ela vale para todo o território arquidiocesano, que contempla 37 cidades. Nos outros 36 municípios, está autorizada a realização de missas ao ar livre, com o cumprimento dos agendamentos feitos pelos fiéis nos próximos dias. Em Juiz de Fora, no entanto, os sacerdotes que conduzem as paróquias foram orientados a cancelar as atividades.

PUBLICIDADE

Também por meio da nota, Dom Gil encaminhou uma mensagem aos fiéis. ” Nesta hora, é preciso alimentar-nos de esperança, virtude característica do tempo litúrgico que estamos vivendo, o Advento.”

Outros ritos

Dom Gil ressaltou que os casamentos marcados podem ser mantidos, caso seja a vontade dos noivos e desde que sejam respeitadas as medidas de proteção individual. Outros ritos, como batismo, primeira eucaristia, crisma, confissão e a unção dos enfermos devem ser remarcados, quando for possível.

É a segunda vez que a participação presencial de fiéis em celebrações religiosas é suspensa durante a pandemia. O decreto publicado pela Prefeitura no dia 18 de março proibiu o funcionamento de templos religiosos para evitar aglomerações, no esforço de conter a disseminação do vírus. Em junho, algumas unidades retomaram, com cuidado, algumas atividades presenciais, adotando os cuidados necessários para evitar o contágio entre os fiéis, indicados no decreto 13.975/2020. Em agosto, a entidade decidiu retomar a realização de missas com participação de fiéis, mediante limitação do número de participantes. 

Prefeito agradece medida

Durante live transmitida nas redes sociais na tarde desta terça-feira, o prefeito Antônio Almas incluiu um agradecimento ao arcebispo pela decisão de suspender as cerimônias presenciais. Ele afirmou que a decisão foi “sábia.” “Gostaria de manifestar meu agradecimento pessoal, e como prefeito da cidade de Juiz de Fora, ao arcebispo dom Gil Antônio, por esse entendimento e essa orientação dada a todos os párocos da cidade.”

O líder do executivo municipal ainda salientou que as pessoas estão preocupadas com o possível aumento das medidas restritivas, caso a regressão à onda vermelha do programa Minas Consciente ocorra. No entanto, reiterou que é necessário maior engajamento da população no cumprimento das medidas sanitárias de prevenção.

Igrejas evangélicas mantêm celebrações

O presidente do Conselho dos Pastores Evangélicos de Juiz de Fora (Conpas/JF), Pastor Charles Marçal, indicou que não há orientação para o fechamento das igrejas evangélicas. “O Conpas vai manter como está, com os devidos cuidados previstos na lei municipal”, afirma.

O conteúdo continua após o anúncio

Segundo o líder religioso, as medidas preventivas – como uso de máscaras e distanciamento social – têm sido bem aceitas pelos frequentadores das celebrações. “Até mesmo a própria população está mais consciente. Nós fazemos escalas e temos o número certo de pessoas que assistem aos cultos”, complementa o pastor.

Tópicos: coronavírus

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.