Por quê investir em startups?

Por Por Diogo Fernandes, Fernanda Finotti Cordeiro Perobelli e Fernando Salgueiro Perobelli. Email para cmcjr.ufjf@gmail.com

06/12/2016 às 07h00 - Atualizada 05/12/2016 às 19h00

A Lei Complementar 155/16 foi sancionada para incluir o investidor-anjo na legislação brasileira e regulamentar novas proteções, incentivando esse tipo de investimento no Brasil. Além disso, há iniciativas estaduais, como o Projeto de Lei (PL) 3.578/16, que propõe uma política de estímulo às startups. Esses movimentos nos levam a um questionamento, por quê investir em startups?

Para tanto, basta avaliarmos os Unicórnios, empresas que não estão listadas na bolsa de valores e que possuem valor de mercado superior a US$ 1 bilhão. Na Califórnia tem-se 101 startups nesta classificação, no Brasil não temos nenhuma. A mais próxima de atingir essa valoração é a Movile. Ao se avaliar a lista de unicórnios, as principais são: Uber (US$ 68 bilhões), com valor de mercado maior do que a Petrobras, a AirBNB (US$ 30 bilhões) e a Snapchat (US$ 18 bilhões). De acordo com a Fundação Kauffman, as startups de grande crescimento são responsáveis pela criação de mais de 50% dos empregos no mundo. Dada a importância das startups, temos que entender como contribuímos hoje para o seu desenvolvimento no Brasil?

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Nos países desenvolvidos os investidores fomentam o primeiro estágio das startups, já no Brasil, os empreendedores que querem viabilizar o seu produto mínimo viável, contam com apoio do governo, via editais do CNPq, SEBRAE, FINEP, SENAI e BNDES, que estimulam a criação de novos produtos tecnológicos. O governo também investe na capacitação destes empresários, através de programas como o InovAtiva Brasil, sem ônus para o empreendedor.

Com o modelo de negócios validado, as aceleradoras (Acelera MGTI, SEED, etc) assumem o protagonismo na estruturação de startups, fazendo aporte de capital financeiro (R$ 50 mil a R$ 1 milhão), mais diversos serviços e consultorias de gestão, em troca de participação societária (5% a 30%) destas startups.

Há também aqueles modelos de negócio que se sustentam à base de financiamentos realizados pelo BNDES, Banco do Brasil, CAIXA, Itaú, Bradesco, SANTANDER, dentre outros.

Validado o modelo de negócios, o próximo passo é tornar a startup financeiramente sustentável, a partir da aquisição de clientes e geração de caixa, contando com o apoio dos chamados investidores anjos, que objetivam elevar o valor destas startups e obter ganho financeiro na venda de sua participação em uma próxima rodada de investimento. Por fim, a startup necessita se posicionar estrategicamente no mercado nacional e internacional.

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Luciane Faquini

Luciane Faquini

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