Os desafios e oportunidades da atividade leiteira na Zona da Mata

Por Luciane Faquini

04/04/2017 às 07h00 - Atualizada 05/04/2017 às 09h17

Por Fernando S. Perobelli, Gabriel H. R. Barbosa, Inácio F. Araújo Jr, João Gabriel Pio, Joyce A. Guimarães, Leandro V. Pereira e Ramon G Cunha

Em todo o Brasil, quando se fala em leite, um dos primeiros lugares que vêm à mente é Minas Gerais. Segundo a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2015, o estado foi responsável por 26,13% da produção nacional.

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Dentro do estado, a Zona da Mata Mineira representou 7,9% do valor total da produção de leite. Além disso, os principais produtores, de acordo com a participação na produção total, foram Leopoldina (5,10%), Lima Duarte (2,95%) e Juiz de Fora (2,85%). No acompanhamento feito entre 2005 e 2015, o valor da produção em Juiz de Fora cresceu 24%, enquanto os preços pagos ao produtor, a preços de 2015, aumentaram um pouco mais de 9%, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No mesmo período, o desempenho da produção de leite subiu 44,76%. Contudo, o que se observou na produção efetiva foi uma queda de 12,30%. Um dos motivos para tal foi a redução no número de produtores na região.

Ainda que alguns fatores venham apresentando crescimento, a atividade leiteira da região enfrenta desafios quanto ao desenvolvimento e ao ganho de competitividade em relação às demais regiões. Entre eles está a precariedade da infraestrutura, com a geografia local apresentando terrenos bastante acidentados, o que prejudica a expansão da produção e intensifica os gargalos logísticos. Além deste ponto, existem também outros problemas que podem ser observados em todo o estado,como os elevados custos operacionais e a alta carga tributária.

Alguns programas, como Pró-Genética e o Minas Pecuária, que abrangem todo o estado, e o ProLeite, no âmbito municipal, surgem como oportunidades ao produtor de aumentar sua produtividade, ter acesso às tecnologias, obter estratégias mais eficientes de gestão da produção e atuar de forma mais sustentável. Além disso, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolve trabalhos que promovem a transferência de conhecimento e melhoria de qualidade do leite. Mais esforços em relação à infraestrutura e custos operacionais, entretanto, são necessários.

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Luciane Faquini

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