Esse é o meu lugar
Começo a escrever essa coluna, de estreia, na Tribuna de Minas, agradecendo à direção do jornal pela oportunidade riquíssima que me deu, de, através desse espaço, semanalmente, sempre às sextas-feiras, ter um encontro com você, caro/a leitor/a. É uma honra muito grande para mim e também uma grande responsabilidade apresentar reflexões, análises, dicas e sugestões sobre a velhice na nossa querida cidade de Juiz de Fora. Daí o nome da coluna, “O Idoso e a Cidade”. Em se tratando de uma primeira vez, afirmo a vocês que estou ansioso e, ao mesmo tempo, feliz, com a alma ardente, diante do prazer de abrir um diálogo sobre o tema do envelhecimento humano. Um tema historicamente secundarizado, ainda ignorado e cheio de preconceitos e tabus na sociedade brasileira. E perceber que esse quadro de indiferença com as pessoas idosas começa e, às vezes, fica para sempre, dentro da casa da gente, em nossas relações familiares.
O que eu espero para a coluna é a sua participação e provocar, no bom sentido, a sua resposta e a sua manifestação diante de conteúdos e opiniões apresentados, aqui, toda semana. O espaço é nosso. Está aberto, de verdade, para a sua contribuição e sugestão de temas e assuntos pertinentes a como é envelhecer em Juiz de Fora? O que a cidade oferece às pessoas idosas no campo da convivência comunitária e manifestações culturais, por exemplo? A coluna representa um aparelho de conversa. Um canal para trocas e impressões sobre o cotidiano das pessoas idosas na nossa cidade, porque amamos Juiz de Fora e é aqui que escolhemos para viver: e é aqui que eu envelheço: que nós envelhecemos!
Se me permitem, desejo dedicar essas primeiras linhas à minha mãe, dona Lúcia, idosa, moradora no Bairro Democrata, que tinha o sonho de ser professora primária. Nos ensinou, desde cedo, que “o estudo é a luz da vida”. É nesse caminho, à busca de luz, que espero, sinceramente, caro/a leitor/a, fazer dessa nossa convivência semanal, uma nova construção para a nossa trajetória de vida, na direção de um envelhecimento ativo, cidadão e socialmente participativo. Desejo também que a cidade se solidarize com a causa das pessoas idosas. Na verdade, com a nossa causa, que é de todos nós. Só seremos uma cidade civilizada (é possível ser) se melhorarmos nossa relação com as pessoas idosas, demonstrando civilidade e respeito com todo/as/ ele/as. A questão do envelhecimento é de todos nós – precisamos nos envolver com ela. Juiz de Fora é uma cidade de muitas pessoas idosas.
No entanto, a cidade precisa abraçar os mais velhos. Nas ruas, no comércio, nos ônibus, nas políticas públicas, nas famílias, no Parque Halfeld, nos bailes do Mariano Procópio. Em todo lugar dessa cidade.
Para finalizar a conversa de hoje – de estreia – , quero te desejar um excelente fim de semana e muito obrigado pela sua presença. Se desejar, entre em contato com a gente. Vamos em frente!
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