Deixe a poltrona, por favor!

Por Tribuna

19/03/2023 às 07h00 - Atualizada 17/03/2023 às 14h50

Nas diversas participações em congressos científicos nas áreas de geriatria e gerontologia, sempre aprendemos muito, além dos importantes contatos que estabelecemos com profissionais que atuam no campo do envelhecimento humano. São momentos riquíssimos para a nossa capacitação e aprendizagem profissionais. Em um desses congressos, ouvi de um renovado estudioso e pesquisador – isso, com certeza, tem um bom tempo, certamente, uns 10 a 15 anos atrás – que a prática constante e regular de atividade física retarda o processo de declínio das funções cognitivas de todos nós que envelhecemos. De um modo mais direto, ficou para mim, o seguinte, como se fosse uma sentença: ter uma cultura de realizar exercício físico direcionado por um (a) profissional habilitado (a) é fundamental para a prevenção de várias fragilidades que possam vir com a passagem do tempo em nós. Ou seja: fazer exercício físico faz muito bem à saúde. Em todas as dimensões.

Só mais tarde, e agora na terceira idade, é que me dei conta de vivenciar e ter a consciência para mudar meu comportamento para fazer o que os professores, quando eu cursava o ginásio no Colégio Estadual Sebastião Patrus de Souza, no Bairro Santa Terezinha, me ensinaram nos anos 70, do século passado: mente sã em corpo são. Com o registro de muito tempo no trabalho social e público com uma fração da população idosa da cidade, me conscientizei também de que não tinha mais “cara” para passar aos outros, às pessoas idosas, orientações de bem-estar para a saúde delas, se eu mesmo, não fazia em mim ou para mim, aquilo que recomendava aos outros. Passei a não me sentir bem com essa situação. Daí que resolvi movimentar o meu esqueleto e procurar regularmente fazer treinos e aulas de educação física em uma academia profissional, com professores, educadores físicos da mais alta competência e sensibilidade na direção de atividades, de acordo com a proposta e objetivos de vida para a re/construção do meu aparato-corpo físico. Há dois anos que religiosamente treino em uma das melhores academias de educação física da cidade, com todo o respeito a tantas outras. Refiro-me à Academia Arkadyas, localizada no bairro Graminha, do Professor Luizir, com as efetivas participações diárias dos competentes professores Marcellio, Júnior, Matheus e Lucas (mais recentemente).

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Percebo, no meu cotidiano, como resultado dessa aplicação e disciplina aos treinos – vou à academia, três vezes por semana – que sinto-me mais disposto, melhor em alguns aspectos do dia a dia: com um sono melhor, mais reparador; disposição para realizar as atividades comuns da vida diária; desempenho no futebol, no Arkadyas Senior de todo sábado, quando não estou em fase de recuperação de uma tendinite no joelho, fruto de uma excessiva carga de manobras no beach tennis que também a academia oferece. Se eu pudesse deixar uma ideia aqui para você, prezado leitor e leitora, comece agora o seu plano de aula de educação física, de atividades físicas. Faça uma avaliação com o (a) profissional de saúde de sua confiança e pratique essa nova ideia, faça
um novo futuro para os seus muitos dias e anos que terá pela frente, assim como eu estou fazendo. Ainda dá tempo, sim. A literatura especializada me conforta nesse sentido, e os professores que me orientam, acima citados, também fazem coro a esse realidade: a idade não te impede de executar atividades físicas, principalmente, se você tiver o acompanhamento e orientação de um (a) profissional qualificado (a).
Menos poltrona, por favor!

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