Beba bem

Cervejas da Orbit primam pelo alto drinkability. Mas o que é isso, afinal?

Por Airton Soares

17/03/2021 às 19h37 - Atualizada 17/03/2021 às 19h37

Ouvi pela primeira vez o termo drinkability quando meu amigo Cristian Nazareno, mestre cervejeiro, começou a fabricar cerveja artesanalmente pelos idos dos anos 2000. O que entendi e guardei na memória é que esse termo tem muito a ver com aquela sensação boa, quando você bebe uma cerveja e ela desce realmente redonda, gerando aquela satisfação a cada gole, no meu caso, sempre seguida de um sonoro “ahhhh”. Bem, como se trata de algo um tanto subjetivo e que varia de pessoa para pessoa, esse é o meu conceito para o termo que uso aqui para classificar o que senti ao beber as brejas da nova cervejaria juiz-forana Orbit.

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A história da Orbit começa quando o cervejeiro Claudio Bitarello Perissé, em sua granja no Condomínio Vale da Serra, próximo ao Mirante da BR-040, decidiu iniciar suas brassagens de cerveja visando o consumo com familiares e amigos que sempre apareciam por lá. A ideia sempre foi produzir uma cerveja de qualidade e fácil de beber, pensando em agradar o paladar do público “das antigas”, bebedores das Brahmas e Antarcticas da vida. Conseguiu! Hoje, até o seu pai, antigo bebedor daquelas marcas, tornou-se um apreciador das cervejas artesanais, graças às receitas da Orbit criadas pelo Claudio. E é esse o objetivo que hoje norteia a produção por lá: fazer com que o grande público não veja a cerveja artesanal como produto elitizado, mas que enxergue, e beba, as cervejas como produtos elaborados, mas sem perder a essência de bebida que pode ser consumida de forma satisfatória, gerando prazer a cada golada. Taí o tal drinkability acontecendo.

Pra fazer esse conceito tomar corpo e migrar da produção artesanal em panelas para os tanques de grande volume, a força e incentivo veio do amigo Décio Terror, assíduo frequentador da granja do Claudio e também entusiasta da produção cervejeira. As famílias são amigas de longa data e desta amizade surgiu o nome que batizou a cerveja, que é a união de parte final do sobrenome Terror e a inicial de Bitarello, criando assim o Orbit. E juntas as famílias seguem criando os estilos mais variados de cerveja, como me contaram o Henrique Villar e a Marianna Terror, filhos dos fundadores, numa entrevista no meu programa da TMTV “Papo de Buteco” em janeiro deste ano. Eles me explicaram que os estilos premium e red foram os primeiros a surgir, seguidos da IPA, weiss, trippel, witbier e a mais recente, a Célia, uma cerveja APA que leva em sua receita a adição de manga e maracujá, mas como prima a essência da marca, de forma muito sutil. Seguem assim mantendo seus ideais.

 

Hoje essas cervejas são oferecidas em garrafas e também em barris, e podem ser encomendadas diretamente com os fabricantes ou ainda consumidas nos bares e restaurantes da cidade, como na Vaporetto, no Restaurante Cirola e no Espetinho da Villa. Taí a dica: se você quer experimentar uma boa cerveja e, como eu, é bebedor de botequim e ainda tem alguma dúvida se vai gostar das cervejas artesanais, pode ir sem medo e aproveite os sabores e toda a facilidade de beber uma Orbit. E seja bem-vindo ao mundo das artesanais!

Instagram: @orbitcervejaria
WhatsApp: 98851-0630 e 98470-9217

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Butecos de JF

Butecos de JF

Airton Soares é gestor público por formação acadêmica mas, por opção e gosto, é conhecido como apreciador da cozinha de raiz, com experiência comprovada e acumulada na cintura. Já foi jurado em diversos concursos de gastronomia, é colunista do Tribuna de Minas, tem programa na rádio Transamérica JF e é dono da fanpage @butecosdejf, onde conta com mais de 100 mil seguidores que acompanham as dicas e comentários sobre comidas, bebidas e bares desse rotundo entusiasta da culinária simples e saborosa, segundo ele, a mais gostosa de todas!

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