Façamos a nossa parte


Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita A Casa do Caminho

27/05/2017 às 07h00

Uma grande figura do cristianismo é, sem sombra de dúvida, o Apóstolo Paulo de Tarso. Sua vida é o exemplo a ser seguido por todo aquele que busca melhorar-se, e suas Cartas são fonte inesgotável de ensino cristão de espetacular atualidade. Vejamos como exemplo um breve texto extraído da Epístola aos Efésios: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.[…] Os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregam à dissolução, para, com avidez, cometerem toda a impureza. Mas vós não aprendeste assim com o Cristo”.

Com a expressão “meninos”, o Apóstolo evidencia a nossa infantilidade espiritual testemunhada por aqueles que acreditam e agem, como se fosse possível servir a dois senhores, na justa medida que falam uma coisa e fazem outra, chegando mesmo a admitir ser possível atender a todos os desvarios dos sentidos, cometendo absurdos para a satisfação de seus desejos, sem em nada perturbar suas consciências. Justificam seus atos, com ideologias novas, frutos de pensamentos egoísticos, das novidades de comportamentos comuns ao longo dos séculos ou mesmo em nome de uma suposta e passageira justiça. Assim esses homens/meninos caminham para os grandes fracassos, porque a necessidade da construção espiritual permanece viva e é cada vez mais necessária e determinante, pois o progresso é lei universal.

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Paulo, o Apóstolo, nos convida à renovação pelo sentimento à luz do Evangelho do Cristo, sendo necessário pensar, agir, ouvir e observar com acerto nas ações que nos digam respeito, aperfeiçoando em tudo que estejamos realizando.
Se estamos tocados pela enfermidade, pela dor ou tomados por aflições, busquemos amparo no Cristo, nosso Mestre e Amigo. Aprendamos a rogar com sincera necessidade o acalanto para a dor, passando a enxergar o verdadeiro propósito divino da vida. Propósito este que atua em todos nós e nos mais diversos lugares, com misericórdia, sabedoria, perdão e entendimento.

Para a nossa própria felicidade, torna-se necessário deixar para trás o homem velho, permitindo que, em seu lugar, vivifique o homem novo, que conduz seus atos pautados nos verdadeiros ensinos cristãos, mantendo-se a si e aos seus com a mais absoluta dignidade, fazendo-se útil aos necessitados, aproveitando todas as possibilidades de ajudar, instruir e auxiliar, sem nada pedir em troca.

Cada dia de nossa vida deve ser vivido sob a regência do serviço executado com lealdade, com esforço da paciência, com máxima honestidade, para que nossas vidas sejam regadas de felicidades, alegrias e paz.

Não nos esqueçamos de que todas as possibilidades construtivas provêm de Deus, mas a decisão, o esforço e o trabalho da execução vêm de nós.

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