Rosas de outubro
“Segundo as últimas estatísticas mundiais, o câncer de mama é a principal causa de morte por câncer em mulheres”
O Outubro Rosa foi criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, denominado um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama. No Brasil, a data é comemorada anualmente e foi constituída pela Lei nº 13.733/2018 com a finalidade de promover a conscientização sobre a doença e compartilhar informações de forma a proporcionar maior acessibilidade aos serviços de diagnóstico e de tratamento e colaborar para a redução da mortalidade.
Segundo as últimas estatísticas mundiais, o câncer de mama é a principal causa de morte por câncer em mulheres. Em virtude da alta incidência e do impacto na sexualidade feminina, é um dos cânceres mais temidos. No país, para essa doença heterogênea e complexa, foram estimados 66.280 novos casos para cada ano do triênio 2020-2022, apresentando uma taxa de incidência de 61,61 novos casos para cada cem mil mulheres, conforme estimativa do Inca.
A forma mais atual para detecção precoce do câncer de mama ainda é o autoexame. O exame clínico das mamas, que pode ser realizado por enfermeiro ou médico, a mamografia ou ultrassonográfica permitem descobrir, em alguns casos, o câncer quando o tumor ainda é bem pequeno.
Para algumas mulheres, o câncer de mama pode se apresentar de uma forma assintomática, sendo importante que a mulher conheça bem o seu corpo para que possa notar qualquer alteração das mamas e procurar um profissional de saúde em caso de alguma irregularidade.
De acordo com o Ministério da Saúde, podemos destacar alguns sinais de câncer de mama, como: formato e tamanho dos seios alterados; inversão do mamilo; dores e vermelhidão; textura de “casca de laranja”; feridas no mamilo; coceira; saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos; nódulos e inchaços nas axilas.
Há diversas modalidades de tratamento indicadas para o câncer de mama, desde cirurgia como mastectomia, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária ao uso de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos. Vale ressaltar que o tratamento do câncer de mama é feito por meio de uma ou várias modalidades combinadas. O médico vai indicar o tratamento mais adequado de acordo com a localização, o tipo do câncer e a extensão da doença.
De acordo com a Lei nº 12.732 de 2012, o paciente diagnosticado com laudo confirmado de neoplasia maligna tem seu direito reservado de submeter-se ao primeiro tratamento no SUS, no prazo de até 60 dias, conforme a necessidade terapêutica do caso.
A prevenção está relacionada ao controle dos fatores de risco: falta de atividade física, excesso de peso corporal e consumo de bebidas alcoólicas.
A prática de atividades físicas associadas a alimentação e hábitos saudáveis de vida, o estímulo à amamentação, evitar o uso de terapias hormonais e anticoncepcionais também ajudam a driblar a doença.