Perceba o risco. Proteja a vida!
O Maio Amarelo é um movimento que propõe chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortos e feridos provocado pelos acidentes de trânsito no mundo. Em 2020, o tema foi: “Perceba o risco. Proteja a vida”. Com as exigências do isolamento social, provocado pela pandemia da Covid-19, as celebrações do Maio Amarelo passaram para setembro, coincidindo com a Semana Nacional do Trânsito que acontece entre os dias 18 e 25, mantendo-se o mesmo tema do Maio Amarelo/2020.
Se você que faz o trânsito perceber o risco nas vias, com toda certeza, estará protegendo a sua vida e a vida de terceiros. Para isso, é muito simples: basta ser educado e respeitar as normas de trânsito que se encontram em vigor.
De janeiro a março de 2020, antes de as medidas de isolamento social serem implementadas no país, foram registrados 89.028 acidentes de trânsito, sendo: 9.298 eventos com morte, 59.726 com invalidez permanente e 20.004 que resultaram em despesas médicas. Isso significa que, em 79 dias, tivemos 117 pessoas mortas/dia. Mantidos esses números, em um ano, teríamos 42.705 vidas perdidas no trânsito no Brasil.
Isso é inadmissível. Segundo a “Visão Zero”, do Parlamento Sueco, “no trânsito, ninguém deveria morrer ou se ferir”. O trânsito não pode continuar matando dessa maneira, alguma coisa está errada; o automóvel foi concebido para reduzir distâncias, e não para ceifar vidas, como tem ocorrido no Brasil e no mundo.
Em razão desses fatos, surgem entidades que têm por objetivo tentar mudar os rumos dessa tragédia. Um desses exemplos é o Observatório Nacional de Segurança Viária – ONSV, uma OSCIP que reúne em torno de si um grupo considerável e determinado de pessoas, que, diariamente, em todos os quadrantes do país, transmitem conceitos educacionais, propondo diretrizes que objetivam a modificação de conceitos e comportamentos, justo com a finalidade de reduzir essa barbárie, que produz milhares de vítimas fatais, parte delas inválida para sempre, criando sérios problemas para as famílias e uma enorme deseconomia para o país, que perde prematuramente parte considerável de sua força de trabalho e produção. Em 79 dias de 2020, 59.726 pessoas tornaram-se permanentemente inválidas, ou seja, 756 pessoas/dia. Se considerarmos esses parâmetros, ao final de um ano, teríamos 275.949 pessoas improdutivas e totalmente dependentes da família e do Estado até o fim da vida.
A tragédia dos acidentes de trânsito não pode, em hipótese alguma, se tornar um fato corriqueiro e imperceptível para a sociedade. A vida é o nosso bem maior, que deve ser permanentemente protegido. Por isso, perceber o risco é proteger a vida, é agir com respeito, prudência e consciência. Viva e deixe viver!