Semana Nacional de trânsito


Por José Luiz Britto Bastos, Mestre em Engenharia de Transportes e Observador Certificado (ONSV)

20/09/2022 às 07h00

Juntos salvamos vidas! Esse é o tema da Semana Nacional do Trânsito de 2022. Uma semana que tem por objetivo promover a mobilização da sociedade e chamar a atenção para a necessidade de prevenir acidentes de trânsito, sempre celebrada entre os dias 18 e 25 de setembro de cada ano, conforme prescreve o Código de Trânsito Nacional em seu artigo 326.

De um modo geral, durante essa semana, os municípios, através de suas Secretarias de Trânsito, com seus parceiros, criam atividades especiais destinadas a transmitir mensagens educativas, estimulando atitudes comportamentais, sempre com o objetivo de melhorar a segurança viária, reduzindo as fatalidades que possam ocorrer no trânsito.

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As atividades realizadas durante a SNT devem ser permanentes, realizadas o ano inteiro. Nós temos que mudar o comportamento das pessoas que assumem a condução de veículos automotores, porque no trânsito, segundo a Visão Zero, filosofia comportamental de origem sueca, mortes e ferimentos provocados por acidentes de trânsito não são aceitáveis. Na Suécia, em um ano, 211 pessoas foram vítimas fatais em acidentes de trânsito, enquanto no Brasil, em 2021, tivemos 40 mil vítimas nesses acidentes.

No mundo, 1,35 milhão de vidas são perdidas em acidentes de trânsito anualmente. O Brasil é o terceiro país com mais mortes no trânsito em todo o mundo, atrás apenas da Índia e da China, segundo relatório do Global Status Report on Road Safety, da Organização Mundial de Saúde (OMS – 19/05/2022). O mundo, em 2021, tinha 1,4 bilhão de veículos. No Brasil temos 59.242.869 veículos.

Os dados são da Secretaria Nacional de Trânsito do Ministério da Infraestrutura e são de acesso público no site do IBGE.

Sabe-se que 90% dos acidentes de trânsito são causados pelo inadequado comportamento humano, portanto as imprudências e as negligências têm origem na falta de respeito e educação das pessoas, que se transformam radicalmente ao assumirem a direção de veículos automotores. No Brasil, esse comportamento irresponsável representa a morte de 40 mil pessoas por ano, uma tragédia para a qual se faz vista grossa, como se essa situação pudesse passar despercebida e fazer parte da vida. Não pode e tem que ser freada a qualquer custo.

Num país onde não se tem o hábito de respeitar as leis, as mudanças comportamentais somente serão possíveis com educação, fiscalização e punição. Somente assim será possível reduzir os números dessa tragédia que coloca o Brasil em destaque entre os países com mais vítimas fatais decorrentes dos acidentes de trânsito!

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