Seu preconceito é abominação
Vitor Martins, Estudante de jornalismo da Estácio/JF
“A população LGBT, especialmente as travestis e transexuais, constitui um grupo vulnerável, sendo alvo de inúmeras violações de direitos humanos em muitas partes do mundo”
De acordo com o dicionário Aurélio, a palavra travesti tem como definição: “Ato de transformar-se de maneira a adotar o comportamento e vestuário do sexo oposto”. Mas, por outro lado, o sentido conotativo da palavra representa muito mais do que isso. Sua definição é algo que retrata uma classe extremamente reprimida e que, muitas vezes, carrega marcas do preconceito avivado na sociedade.
A população LGBT, especialmente as travestis e transexuais, constitui um grupo vulnerável, sendo alvo de inúmeras violações de direitos humanos em muitas partes do mundo. Em vários países, o comportamento homossexual é considerado crime e pode ser punido com prisão ou até pena de morte. E, assim como em outros países, o Brasil é uma nação com raízes conservadoras e religiosas, portanto a vida dessa parte da população se torna um desafio diário.
No Brasil, é registrada uma morte de LGBT a cada 27 horas. Segundo dados da organização Grupo Gay da Bahia, nos últimos quatro anos e meio, 1.600 pessoas morreram em ataques homofóbicos no país. Seja no mercado de trabalho, nas escolas, igrejas e até mesmo em ambiente familiar, milhares de jovens LGBTTI sofrem represálias apenas por expressarem aquilo que são. Não é novidade nenhuma saber que existem pessoas que já foram agredidas, expulsas de casa e até mesmo mortas, já que a nossa segurança não é assegurada por lei.
Para que tal ignorância e o preconceito acabem, a melhor forma de prevenção é a educação, que, através da visibilidade, é algo que aos poucos conquistamos e que deve ser propagada.
Hoje em dia, ser LGBT e se orgulhar disso já é uma forma de ativismo. O amor próprio e a vontade de lutar por um mundo melhor devem permanecer vivos dentro de cada um. Caso contrário, continuaremos marginalizados na sociedade.
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