Feito em Minas
Em plena pandemia, a indústria mineira se mobiliza e, solidariamente, se une para mostrar a sua força empreendedora e a sua capacidade de produzir crescimento econômico e transformá-lo em poderoso instrumento de desenvolvimento social. É com estes olhos – de otimismo e de crença no presente e no futuro do nosso estado – que vemos a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de homologar os respiradores mecânicos produzidos em Minas Gerais, pela Tacom, vitais no tratamento da Covid-19 e de diversas outras doenças respiratórias. Com a decisão, o estado se transforma em um dos poucos polos mundiais fabricantes do equipamento, com capacidade para atender o mercado brasileiro e também mercados globais.
É, com certeza, demonstração de vitalidade da indústria mineira e de sua capacidade de inovar e desenvolver tecnologias contemporâneas com o século 21. Produzidos em Itajubá, no Sul de Minas, os respiradores da Tacom fundamentam-se em processos de inovação e de tecnologia integralmente desenvolvidos no estado.
Igualmente importante é saber que todo o processo de desenvolvimento dos respiradores contou com integral apoio de um conjunto de empresas mineiras, especialmente das integrantes do Conselho Estratégico da Fiemg, inclusive por meio de expressivas contribuições financeiras, demonstrando absoluta coesão do setor com a sociedade. Segundo o testemunho da própria Tacom, o êxito do projeto deve ser também creditado à decisiva contribuição de um corpo multidisciplinar de profissionais formado por médicos intensivistas, engenheiros, programadores e desenvolvedores – trabalhadores que contaram, ainda, com o importante apoio de especialistas do Senai-MG, que deram suporte à produção.
Os respiradores chegam ao mercado com vantagens importantes, especialmente nos quesitos preço e usabilidade, o que é fundamental considerando-se a escassez de profissionais habilitados. Os primeiros respiradores produzidos serão adquiridos pela própria indústria mineira: com os recursos levantados pela Fiemg, por meio de mobilização empresarial, vamos comprar 1.600 unidades e doá-las ao Governo do estado e a hospitais filantrópicos. A distribuição, pelas diversas regiões do estado, de acordo com as necessidades de cada uma, ficará a cargo da Secretaria de Saúde, parceira de primeira ordem nessa ação.
Na verdade, a produção de respiradores integra um amplo conjunto de ações preventivas desenvolvidas pela indústria em apoio à sociedade mineira na cruzada contra o novo coronavírus. Até este momento, considerando doações em dinheiro e em bens e serviços, já foram arrecadados recursos da ordem de R$ 200 milhões, incluindo a construção de mais mil leitos para tratamento de pacientes. Em outra frente de ação, o Sesi-MG adquiriu 300 mil testes rápidos de Covid-19, que podem ser adquiridos com valores abaixo dos praticados no mercado hoje.
O Senai-MG, que também integra a Fiemg, já produziu, para doação para a área de saúde do Governo do estado, 245 mil máscaras, seis mil aventais e mais de cem mil litros de álcool em gel. Também restaurou 240 respiradores, além de participar de serviços de desinfecção de ruas na região metropolitana de BH.
A Fiemg atuou, ainda, com o Governo federal, com informações e propostas que contribuíram para a edição das Medidas Provisórias 927 e 936. Estas MPs, sabemos todos, tornaram possível o aprimoramento e a flexibilização de dispositivos como teletrabalho, antecipação e concessão de férias coletivas, uso do banco de horas, adiamento do recolhimento do FGTS, redução das jornadas e suspensão de contratos de trabalho. Por causa da edição delas, a indústria mineira realizou acordos com sindicatos dos trabalhadores, assegurando a preservação de 300 mil empregos.
No campo tributário, a Fiemg defendeu a flexibilização dos prazos para o recolhimento de uma série de impostos e taxas federais, estaduais e municipais.
É um rol de realizações das quais muito nos orgulhamos, com a convicção de que somente se tornaram possível em razão da solidária união da sociedade mineira.