Presença divina

“Jesus não é mestre ausente ou símbolo morto. Ainda e sempre, é, para nós, os que declaram aceitar-lhe a governança, o mentor vigilante e o exemplo vivo”


Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita A Casa do Caminho

17/07/2020 às 06h42

Em meio a este mundo que dia a dia parece vir sendo consumido por uma realidade absolutamente nova, revolucionária e inédita na história da humanidade, vemos pessoas se exasperando em busca de algo que lhes dê segurança para continuarem em suas rotinas, que delas tanto reclamavam.

Sentimo-nos despreparados e desprotegidos. As vozes das lideranças públicas se confundem nas orientações, líderes de religiões tradicionais se calam ou apontam caminhos inconcebíveis. Enquanto isso, os fatos pandêmicos desmentem a boca otimista dos pregadores, e a ventania do desentendimento sopra por todas as direções.

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O Evangelho, no entanto, conserva com assertiva precisão matemática as ordenações de Jesus, nos “Ensinando a guardar todas [as coisas] que vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação da era”.

Jesus não formulou promessas frustradas, estará sim, sempre e sempre, nos corações dos habitantes Terra.

A Doutrina Espírita, sublinhando o Evangelho de Jesus, desanuviando-o de crendices e mitos sociológicos, ensina que o Divino Mestre estará sempre com toda a humanidade, mas os frutos visíveis desta estada serão aproveitáveis por aqueles que estiveram também com o Cristo.

Se os dias e os meses presentes nos impõem ao isolamento, restringindo a livre circulação e impedindo as reuniões em nossa Casa do Caminho, buscamos a ligação espiritual e encontramos em Emmanuel na psicografia de Chico Xavier, no ano de 1963. A atualidade terrena mostra cientificamente que a comunhão espiritual não depende do espaço e do tempo. Podemos admirar o orientador da comunidade à qual pertencemos e ouvir suas palavras pela televisão. Conversar com um amigo pelo telefone. Ouvir as canções prediletas pelo rádio (hoje temos inúmeras mídias). Assim, também, podem ser nossas ligações com o Cristo. Jesus não é mestre ausente ou símbolo morto. Ainda e sempre, é, para nós, os que declaram aceitar-lhe a governança, o mentor vigilante e o exemplo vivo. Basta recapitular as lições para refleti-lo. E retratá-lo em nós, segundo as nossas acanhadas concepções, e receberemos dele a ideia, o socorro de que necessitamos e, assim, poderemos escolher o caminho a seguir com acerto e justiça.

Prometeu-nos Jesus, ao falar aos discípulos: “Eis que estarei sempre convosco”. É fácil saber que Ele nos guarda, esperando. Porém é necessário que escolhamos estar com Ele, o Mestre Jesus de Nazaré, a eterna presença divina.

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