Visite estes lugares, eles podem desaparecer

“O triste é pensar que as ações do homem na terra e a falta de cuidado com o meio ambiente contribuem para o derretimento das geleiras (…)”


Por Gregório José, jornalista, radialista e filósofo

16/03/2023 às 07h00

Relatório divulgado recentemente pela Organização das Nações Unidas deixa cada vez mais a sensação de que não é só no Brasil que a temperatura vem elevando-se ano a ano que e as faixas litorâneas estão consumindo prédios, moradias e comércio construídos em cidades praianas. Isso é notado em diversos países mundo afora.

Os estudiosos apontam uma variação climática para cima em torno de 1,5 a 2 graus Celsius no planeta. E este fator tem feito um êxodo maior em alguns lugares, embora nós, meros mortais, ainda não conseguimos enxergar esta movimentação humana. Mas estudos apontam para isto, e o relatório da ONU detalha o ritmo do aumento do nível do mar, que poderá criar uma “torrente de problemas” em diversos lugares, como em Buenos Aires (na Argentina) e Maputo (em Moçambique).

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O aquecimento global é um dos assuntos mais discutidos no mundo há uns quatro ou cinco anos, e o resultado desta elevação é notada com os desastres naturais como tempestades e ciclones. O triste é pensar que as ações do homem na terra e a falta de cuidado com o meio ambiente contribuem para o derretimento das geleiras, que acarreta este aumento do nível do mar e o avanço das águas nas regiões costeiras.

Então ainda é possível visitar e conhecer locais que no futuro estarão embaixo d’água, como Canopus (Egito), afundada por uma grande enchente que ocorreu no Rio Nilo. Shicheng (na China) ficava situada no lago Qiandao e erguida por volta de 1300 anos atrás e foi inundada no final da década de 1950.

Ainda ouvimos falar da antiga Alexandria (fundada por Alexandre, o Grande, em 323 antes de Cristo), e hoje, suas ruínas estão submersas. Podemos citar uma das cidades sagradas da Índia, Dwaraka, capital do reino de Krishna, que viveu há cerca de 3100 anos antes de Cristo.

E o que dizer de Yonaguni (Japão), Rummu (Estônia) e Heracleion (Egito). Mas nem todos podemos viajar para o Egito ou Japão e explorar estas cidades emergidas por condições climáticas. No Brasil podemos ver e conhecer histórias como de Petrolândia, localizada no sertão de Pernambuco, inundada em 1988 para a construção de uma hidroelétrica.

Mas existem algumas destas belas cidades litorâneas ameaçadas e que podem ser engolidas pelo oceano nas próximas décadas, e que devemos passear, olhar e guardar nas lembranças e nossas redes sociais. Estudos apontam que elas estão ameaçadas.

Ilhas Maldivas, próximo da Argentina, embora seja ilha britânica; o território de Seychelles; Veneza (Itália); península de Yucatán (México); e as ilhas de Tuvalu (Oceania) também podem ficar na lembrança, assim como a Baía de Babitonga em Joinville (Santa Catarina).

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Prepare suas malas, guarde dinheiro e compre um roteiro antes que seja tarde. Mas, se puder fazer sua parte, ajude o meio ambiente a proteger a terra onde os humanos pisam, pois o mar está engolindo nossas praias.

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