Os 60 anos ‘são logo ali’!


Por Elinete Rejane da Silva, especialista em Desenvolvimento Humano e mestre em Qualidade Total

15/02/2018 às 07h00

O tempo passa tão rapidamente e tão naturalmente que não notamos que chegamos aos 60 anos. Ainda temos vitalidade e energia para fazer tanta coisa que não nos cabe o rótulo de velhos, como eram chamados os nossos avós há muitos anos. Agora somos senhores ou senhoras com um pouco mais de vivência passando por uma nova fase da vida.

É claro que o “agora” requer algumas adaptações, mas nada impossível. Talvez não tenhamos mais a mesma força física para subir nas escadas e trocar as lâmpadas, ou limpar a casa e fazer os afazeres domésticos, ou a paciência de acordar todo dia cedo para ir trabalhar, mas teremos tempo para nos adaptar e nos aventurar em novas atividades, conhecer novos amigos, passear e nos divertir de forma segura.

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Afinal, não temos mais 20 anos para correr os riscos da juventude. Mas estamos vivos! É possível adaptar as nossas atividades e continuar tendo o prazer de viver. Podemos ter receio de sair à rua de noite para nos divertir, mas podemos ouvir boa música, conversar, fazer churrasco ou comer petiscos saudáveis na casa de um amigo ou no apartamento do vizinho do prédio. É preciso fazer adaptações, mas não deixar de viver! Se respeitarmos os nossos limites e aceitarmos isso com tranquilidade, vamos vivenciar essa nova fase com saúde e bem-estar.

A ciência está ao nosso favor. Um dos objetivos dos cientistas é estudar formas de vivermos cada vez mais, com mais qualidade de vida, e não termos mais doenças tão avassaladoras que nos fazem perder a vida subitamente. Segundo o conceituado e atuante neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho, de 63 anos, em entrevista à revista “Poder”, de setembro de 2014, com a evolução da ciência e no seu caso da neurocirurgia, vai existir cada vez menos a decadência da velhice, vamos envelhecer menos, e as pessoas ficarão bem até morrer.

Mas é preciso fazer a nossa parte, temos que ter hábitos saudáveis. Segundo Niemeyer, se estivermos com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto, desestímulo. O cérebro funciona melhor quando se tem motivação. Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a autoestima no ponto são atitudes que contribuem para a melhora do cérebro.

Nesse novo aprendizado, não devemos ignorar as mudanças físicas, hormonais e sociais. Faz-se mister cuidar da nossa saúde e do nosso bem-estar, consultar o médico regularmente, fazer novos ciclos de amizade, praticar atividade física, fazer algo que nos dê prazer, aprender algo novo, passear e ser feliz. Ou seja, não precisamos parar de viver, é preciso que nos adaptemos às novas transformações pelas quais estamos passando, para viver os bons momentos que a vida pode nos proporcionar. Sabe por quê? Porque os 60 anos “são logo ali”!

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