Que tempo é esse que não me espera?


Por Cristiane de Freitas, Estudante de jornalismo

13/04/2018 às 06h30

Andamos cada vez mais sem tempo. Sem tempo de um abraço, de uma conversa amistosa ou de terminar o trabalho. Parece que as horas, os minutos e os segundos foram reduzidos. O dia não parece ter mais 24h. Nossas habilidades estão cada vez mais direcionadas ao fazer dar tempo. Ouvi que o dia tinha que ter 48h, e que ainda seria pouco.

Para quem é ansioso, o tempo parece se rebelar e contrariar todo planejamento. Ansiedade pelo futuro, um tempo que ainda não existe. Quem não perguntou ou ousou pensar: “Não vai dar tempo de fazer isso?” normalmente pode ver surgir o desespero e uma crise emocional. Combinação perigosa, tempo e ansiedade.

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Para nos ajudar, recorremos aos vários métodos que podem nos render minutos extras. Isso pode ser notado com a mudança no campo da tecnologia. Como, por exemplo, os aplicativos que diminuíram a distância de uma conversa ou mesmo de pedir uma refeição. Ajuda bem-vinda àqueles que levam uma vida com a agenda repleta de compromissos. Realizar tarefas dentro de 24h para alguns não é esforço algum. E tudo bem se não der tempo. Porém, para outros, ver seus planos não concretizados dentro do prazo é uma verdadeira frustração.

Assim pensamos “amanhã será diferente”. E quando, na realidade, o dia começa, e a corrida contra os segundos se inicia novamente. Buscamos sempre a liberdade financeira, amorosa, entre outras. Mas pensamos pouco em ser livre no nosso tempo. Podemos nos deparar com os mais variados tipos de flexibilidade, mas sempre precisamos ser controlados pelas horas. Quem estaria “roubando” nosso tempo? Talvez a falta de organização dos planejamentos, a indisciplina com os horários ou as muitas atribuições que nós mesmos nos damos? Seja qual for a resposta, é preciso entender a sua história. Que o passado não perturbe o presente. E, ao futuro, o controle da ansiedade. E que dessa forma o tempo possa ser mais bem aproveitado.

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