Rumo aos 100 anos da Diocese
“É, portanto, sob a autoridade do Divino Mestre, mais forte que os demônios, superior a qualquer tempestade, que iniciamos nossa caminhada rumo ao centenário de nossa querida Igreja Particular de Juiz de Fora”
A Igreja, sempre fiel ao mandado do Senhor, “Ide pelo mundo inteiro, propagai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15), e submissa à sua autoridade, cria dioceses e ordena novos ministros em seu caminhar histórico. Assim, enquanto conferimos a sagrada ordem do diaconado aos nossos caríssimos irmãos Alex Francisco da Silva e Ronny Moreira de Oliveira, no último dia 31 de janeiro, em vista da ordem presbiteral, tivemos a gratíssima satisfação de abrir o triênio preparatório para a celebração dos cem anos de nossa Igreja Particular juiz-forana.
De fato, em 2024, desejamos erguer festivas ações de graças pelos benefícios de Deus a esta região. Foi a 1º de fevereiro de 1924 que o Papa Pio XI, de saudosa memória, atendeu ao sonho de dom Silvério Gomes Pimenta, falecido em 1922, e acolheu o pedido de seu sucessor, dom Helvécio Gomes de Oliveira, e criou a Diocese de Juiz de Fora pela bula Ad Sacrosancti Apostolatus Officium, desmembrando todo o seu território da vetusta e histórica Arquidiocese de Mariana.
Inserimos na programação do nosso II Sínodo Arquidiocesano em curso as atividades celebrativas deste ano, explicitando mais uma vez o precioso lema que nos está conduzindo: “Proclamai o Evangelho pelas ruas e sobre os telhados” (cf. Mt 10,27).
Para a organização do triênio preparatório, escolhemos três patronos que serão como que nossos guias sinodais, sendo o deste ano São José, Pai Nutrício de Jesus, em filial sintonia com o Santo Padre, o Papa Francisco que, inspiradamente, determinou que se celebrasse o Ano Josefino a partir de 8 de dezembro passado, comemorando o sesquicentenário de seu patrocínio universal na Igreja. O segundo ano terá como personalidade inspiradora o nosso glorioso Padroeiro, Santo Antônio, e no terceiro ano nos deixaremos guiar muito especialmente pela materna figura da Beatíssima Virgem Maria, a Mãe do Salvador.
Na verdade, quem nos conduz é o próprio Jesus, Senhor de nossa vida e da Igreja, porém, nas expressões de seus santos, Ele vai nos dando mostras de como acolher Sua pregação e Sua ação salvífica. Nas figuras destes três Patronos, cuja iconografia apresenta sempre a imagem do Menino Jesus em seus braços, nos recordaremos, o tempo inteiro, desta verdade sublime: Jesus caminho, verdade e vida. Eis aí a missão de toda a Igreja: apresentar Cristo a todos e trazer todos a Cristo.
É, portanto, sob a autoridade do Divino Mestre, mais forte que os demônios, superior a qualquer tempestade, que iniciamos nossa caminhada rumo ao centenário de nossa querida Igreja Particular de Juiz de Fora. Nem a pandemia, nem as forças contrárias, nem incompreensões, nem oposições, nem mesmo perseguições perturbarão a ação de Cristo entre nós e não serão capazes de nos desanimar.
Vamos em frente com coragem e alegria, com disposição de tirar proveito deste tempo tão inseguro e tão difícil em que estamos vivendo, de aprender o que Deus quer nos ensinar, agindo com criatividade, nos reinventando, caminhando sempre unidos, num autêntico espírito sinodal, pois nossa Igreja Particular foi e será sempre fiel a Cristo, uma Igreja sempre em missão. Amém!
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