Imbróglios do Expominas JF


Por José Eloy dos Santos Cardoso, Economista e jornalista

12/02/2017 às 07h00

Inaugurado com festa pelo ex-governador Aécio Neves, o Expominas Juiz de Fora vem se transformando em um grande problema para sua atual proprietária. O principal é sua errada localização e os altíssimos custos fixos de manutenção.

Distante mais de 20km da malha urbana e às margens de rodovia de grande movimento, com altas despesas fixas de manutenção, a Codemig irá tentar passar o espaço para a iniciativa privada através da concessão de uso. O edital de oferta do espaço foi publicado no dia 31 de janeiro último, e o pregão presencial será realizado dia 7 de março próximo.

PUBLICIDADE

Para especialistas, não será fácil encontrar pessoas e empresas dispostas a arcar com os custos: aluguel mensal de R$ 100 mil e outros como salários e encargos de vigias, encarregados de limpeza, seguro contra incêndios, energia elétrica e vários outros de difícil estimativa. Para cobrir despesas e ainda ter lucros, grandes shows com artistas famosos do porte de Roberto Carlos, Ivete Sangalo, Luan Santana, vários outros, e até shows internacionais seriam necessários. Isso é, por várias razões técnicas e econômicas, difícil que ocorra.

Comenta-se em Juiz de Fora que o antigo proprietário daquela área conseguiu “empurrar” para o Estado aquele local. Os locais ideais para ser localizado no município um centro de convenções seriam, por exemplo, onde se construiu um shopping center perto da rodoviária, ou local próximo da Fiemg regional, onde se situam o parque de exposições e outros espaços nas proximidades, mas nunca onde se construiu o atual Expominas JF, em local totalmente contrário ao que determinam as normas de localização. Corrigir o malfeito, agora, será extremamente difícil. Mesmo assim, a concessão para a iniciativa privada seria a melhor solução.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.