Amac, te quero viva!


Por José Anísio Pitico da Silva, assistente social

09/02/2018 às 08h09

A Amac – Associação Municipal de Apoio Comunitário – vive dias nebulosos, diante de um novo marco legal de sua inserção no ambiente público. Dias pesados, como vivemos no próprio país. Seus funcionário (as), alguns amigo (as) estão perdido (as). Sem destino e sem futuro (?). E o que dizer das pessoas que dela precisam para viver? Das quase quatro décadas de existência dessa belíssima instituição (muito pouco reconhecida), eu contribuí com 17 anos de participação (1988-2005). No programa, pioneiro, de atenção às pessoas idosas de Juiz de Fora. Um trabalho coletivo, com uma engajada e competente equipe comprometida com as melhorias das condições de vida das pessoas idosas. Até então, essas pessoas, uma fração significativa delas, só tinham o silêncio como companhia e o olhar dirigido para o crucifixo no quarto de dormir. O Pró-Idoso ajudou muita gente a ver bem mais do que a rotina fria e mecânica de suas casas.

Inserida num contexto social-político e econômico em constante mutação, e, cada vez mais, ligada às vozes do mercado financeiro, a Política de Assistência Social que a Amac faz, e faz bem, tem sobrevivido, “aos trancos e barrancos”, para fortalecer a cidadania de centenas de crianças, jovens, adultos e pessoas idosas em nossa cidade. Com esses tempos mortos para o investimento público em ações sociais e coletivas, e muito atento para a volatilidade do mercado, ou a instabilidade de seu humor; acredito que se torna urgente uma articulação política de nossos representantes municipais, estaduais e federais para garantir uma transição institucional, um pouco mais tranquila, e que traga esperança para todos os atores envolvidos nesse processo de chamamento público que traz uma nova realidade nas relações públicas do Estado com a sociedade civil.

PUBLICIDADE

Amac, te quero viva! Por que não retomar essa campanha levada às ruas, há um tempo, quando vimos o início de uma nova configuração jurídica para a instituição? Cabe a mim aqui fazer, em tempo, um curto registro pela minha contribuição nessa história: muito obrigado, Amac, pelo que me proporcionou e o quanto me fez um profissional melhor. À medida que, juntos a dezenas de tantos colegas e amigos – competentes e dedicados -, ajudamos a construir uma cidade mais justa e mais solidária. Uma cidade para todo (as).

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.